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    Israel faz novas exigências e deixa cessar-fogo com Hamas cada vez mais distante

    Israel insiste que apenas a pressão militar pode fazer o Hamas concordar com condições mais favoráveis ao acordo e libertar o máximo de reféns na 1ª fase

    (Foto: Reuters)

    Sputnik - Em mais um passo que distancia o fim do conflito na Faixa de Gaza, Israel tenta fazer novas alterações no plano de cessar-fogo e complica as negociações para um acordo final com o movimento Hamas. O conflito na região já fez o número de mortos ultrapassar 39 mil pessoas.

    De acordo com a agência, que citou um diplomata ocidental, além de fontes no setor de Gaza e no Cairo, Israel exige que os palestinos deslocados passem por uma verificação ao retornarem ao norte de Gaza após o início do cessar-fogo. Os acordos anteriores permitiam que os civis que fugiram para o sul voltassem livremente para casa.

    "Eles [negociadores israelenses] querem criar um mecanismo de verificação para a população civil que retorna ao norte de Gaza, já que temem que essas pessoas possam apoiar os militantes remanescentes do Hamas", disse uma fonte ocidental.

    Porém, conforme fontes palestinas e egípcias, o Hamas rejeitou a reivindicação israelense. Outro ponto de discórdia é a exigência de Israel em manter o controle sobre a fronteira de Gaza com o Egito, o que não agradou as autoridades de Cairo. Um correspondente da publicação norte-americana Axios, citando fontes, informou que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse nesta quinta-feira (25) em uma reunião com as famílias dos reféns que enviará uma proposta atualizada ao Hamas nos próximos dias.

    Em julho, Israel e o Hamas retomaram, através de mediadores, as negociações sobre um cessar-fogo na Faixa de Gaza em troca da libertação de reféns. O processo de negociação estava em um impasse há mais de um mês, desde que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em nome de Israel, anunciou um novo plano para resolver o conflito no enclave palestino.

    Nas últimas duas semanas, várias reuniões com a participação de delegações de Israel e países mediadores foram realizadas em Doha e no Cairo, mas nenhum progresso concreto foi relatado. Já a publicação norte-americana Politico informou que a delegação israelense não compareceu à última rodada de negociações.

    O governo israelense insiste que apenas a pressão militar pode fazer o Hamas concordar com condições mais favoráveis ao acordo e libertar o máximo de reféns na primeira fase, em meio à maior crise humanitária da história na Faixa de Gaza.

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