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Israel justifica bombardeio que vitimou brasileira e dois filhos no Líbano como "erro técnico"

Militares israelenses dizem investigar possível "mal funcionamento técnico" nas bombas utilizadas no ataque que feriu gravemente a brasileira Fatima Bostani e dois filhos

Casa de brasileira bombardeada no Líbano | Fatima Boustani (Foto: Reprodução | Arquivo pessoal)

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247 - As Forças Armadas de Israel abriram uma investigação para apurar o que qualificaram como possível "mal funcionamento técnico" em uma ou mais bombas utilizadas no ataque que feriu gravemente a brasileira Fatima Boustani em um bombardeio na região de Saddikine, no Líbano, a cerca de 5 km da fronteira com Israel, no sábado (1). Além de Fatima, o ataque resultou em ferimentos em dois dos quatro filhos da brasileira. 

Segundo a Folha de S. Paulo, as forças israelenses afirmaram que o ataque tinha como objetivo um "centro de comando e controle militar do Hezbollah" na área de Saddikine. No entanto, devido a uma suposta falha técnica, o bombardeio pode ter atingido uma área diferente do alvo designado, resultando na destruição da residência de Boustani. A investigação está em andamento para determinar a causa exata do incidente.

Fatima Boustani foi internada em estado grave e estava na UTI, mas começou a respirar sem ajuda de aparelhos na segunda-feira (3). Sua filha Zahraa, de 10 anos, que passou por uma cirurgia na perna, saiu da UTI no domingo (2) e continua hospitalizada. Ali, de 9 anos, sofreu ferimentos leves e foi liberado na segunda-feira. A família aguarda uma melhora nas condições de saúde e segurança para transferi-la a um hospital no Brasil.

Em nota divulgada após o ataque aéreo, o Itamaraty expressou indignação pelo ataque que feriu a cidadã brasileira e pediu a Israel "máxima contenção" em suas ações. A nota, contudo, não responsabilizou diretamente Tel Aviv, mencionando apenas o contexto dos ataques entre as Forças Armadas israelenses no sul do Líbano e o Hezbollah no Norte de Israel.

Ainda segundo a reportagem, a Procuradoria de Justiça Militar de Israel já abriu pelo menos 70 investigações formais por crimes de guerra que supostamente teriam sido cometidos por seus militares. Além disso, o país está sendo julgado na Corte Internacional de Justiça por uma denúncia de genocídio contra o povo palestino, feita pelo governo da África do Sul. 

Nesta linha, o Tribunal Penal Internacional (TPI) está analisando um pedido de prisão contra o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, e seu ministro da Defesa, Ismail Haniyeh, por utilizar a fome como uma arma de guerra contra a população palestina. 

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