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"Isto é a França", diz Macron, ao celebrar a abertura woke dos Jogos Olímpicos

Presidente francês foi alvo de intensas críticas nas redes pelo quadro que teria insultado o cristianismo

Emmanuel Macron 07/07/2024 MOHAMMED BADRA/Pool via REUTERS (Foto: MOHAMMED BADRA / POOL)

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247 – Durante a cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris 2024, uma performance envolvendo drag queens e dançarinos, que reinterpretou a 'Última Ceia', desencadeou uma onda de críticas nas redes sociais. A apresentação foi descrita pelo Comitê Olímpico, segundo o The New York Post, como uma “interpretação do deus grego Dionísio”, visando destacar "o absurdo da violência entre humanos".

A atuação contou com 18 artistas, incluindo três drag queens do programa Drag Race France, posicionados atrás de uma mesa alongada com o Rio Sena e a Torre Eiffel ao fundo. Uma mulher no centro, ornada com uma tiara que lembrava um halo, liderava o grupo, sorrindo e formando um coração com as mãos enquanto os demais fixavam o olhar na câmera antes de iniciar uma dança coreografada. Um elemento inusitado foi a inclusão de um homem pouco vestido e coberto de tinta azul brilhante, apresentado em uma bandeja no palco.

A reação nas redes sociais incluiu diversas críticas, levando o presidente Emmanuel Macron a defender a apresentação com a declaração: "Isto é França". Clint Russel, do podcast Liberty Lockdown, criticou duramente: “Abrir o evento substituindo Jesus e os discípulos por homens em drag é uma loucura". Marion Maréchal, católica praticante, ressaltou que a paródia não representa a França, mas sim "uma minoria de esquerda pronta para provocar".

Eli David, empresário e pesquisador, expressou sua indignação, mesmo não sendo cristão, chamando a paródia de "insulto ultrajante a Jesus e ao cristianismo". Niall Boylan, radialista premiado, condenou a representação como desrespeitosa e incitadora, questionando a ausência de uma sátira similar ao Islã.

Entenda o que é a cultura woke e por que ele é tão criticada

A cultura "woke", termo derivado do inglês que significa "acordado", refere-se a uma consciência social sobre questões que envolvem justiça e igualdade racial, de gênero, e outros tipos de discriminação e injustiça social. Inicialmente, o termo "woke" era usado dentro da comunidade afro-americana para indicar uma vigilância sobre questões raciais, especialmente nos Estados Unidos, mas gradualmente se expandiu para incluir uma variedade de questões de justiça social.

O termo ganhou destaque no vocabulário popular em meio aos movimentos sociais americanos, particularmente com o Movimento Black Lives Matter, que destacou a injustiça racial e a brutalidade policial. "Stay woke" tornou-se um chamado para estar ciente das práticas institucionais e sociais que perpetuam a desigualdade e a opressão.

Com o tempo, o conceito de "woke" foi adotado e adaptado por uma variedade mais ampla de grupos ativistas, incluindo aqueles que lutam por direitos LGBTQ+, feminismo, e justiça ambiental, entre outros. O termo também tem sido usado para descrever uma abordagem mais inclusiva e consciente em negócios, entretenimento e outras esferas, enfatizando a importância da representação e do reconhecimento de diversas identidades e experiências.

Críticas ao Movimento Woke

A cultura woke, enquanto celebrada por muitos como um passo em direção a uma sociedade mais justa e igualitária, também enfrenta críticas significativas de diferentes ângulos:

Superficialidade e Performismo: Críticos argumentam que algumas manifestações do movimento woke são superficiais e mais focadas em performar virtude ou correção política do que em promover mudanças sociais reais e profundas.
Limitação ao Debate: Há preocupações de que a cultura woke às vezes pode limitar a liberdade de expressão, com a imposição de censura ou autocensura sobre quem discorda ou não segue certas normas progressistas consideradas politicamente corretas.
Polarização: A cultura woke é frequentemente vista como um fator de divisão, polarizando ainda mais as discussões políticas e sociais, especialmente em sociedades multiculturais como os Estados Unidos.
Comercialização: A adoção de slogans e simbolismos associados ao movimento woke por grandes corporações é vista por alguns como uma estratégia de marketing que dilui o verdadeiro significado e a eficácia das lutas sociais.
Acusações de Hipocrisia: Algumas figuras e instituições que promovem ideais woke são criticadas por não viverem de acordo com os padrões que promovem, resultando em acusações de hipocrisia.

A cultura woke continua a ser um tema de intensos debates, com defensores argumentando que é essencial para o progresso social e críticos alertando sobre seus potenciais excessos e efeitos colaterais. Confira a postagem de Macron e as reações:

 

 

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