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    Japão, China e Coreia do Sul se reúnem em "ponto de virada na história" geopolítica

    Os três chanceleres concordaram em acelerar os preparativos para uma cúpula trilateral no Japão este ano,

    Wang Yi, Takeshi Iwaya e Cho Tae-yul em Tóquio 22/3/2025 Rodrigo Reyes Marin/Pool via REUTERS (Foto: Rodrigo Reyes Marin)
    Redação Brasil 247 avatar
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    TÓQUIO (Reuters) - Os principais diplomatas de Japão, China e Coreia do Sul se reuniram em Tóquio no sábado, buscando pontos em comum sobre questões econômicas e de segurança do Leste Asiático em meio à escalada da incerteza global.

    "Dada a situação internacional cada vez mais grave, acredito que podemos realmente estar em um ponto de virada na história", disse o ministro das Relações Exteriores do Japão, Takeshi Iwaya, no início da reunião em Tóquio com o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, e o ministro das Relações Exteriores da Coreia do Sul, Cho Tae-yul.

    Os três concordaram em acelerar os preparativos para uma cúpula trilateral no Japão este ano, que também incluiria conversas sobre como Tóquio, Pequim e Seul podem lidar com o declínio da taxa de natalidade e o envelhecimento da população, afirmou Iwaya em um anúncio conjunto após a reunião.

    A primeira reunião dos ministros das Relações Exteriores dos países desde 2023 ocorre no momento em que o presidente dos EUA, Donald Trump, rompe alianças de décadas, potencialmente abrindo a porta para que a China forje laços mais estreitos com países tradicionalmente alinhados com Washington.

    "Nossas três nações têm uma população combinada de quase 1,6 bilhão de habitantes e uma produção econômica superior a US$24 trilhões. Com nossos vastos mercados e grande potencial, podemos exercer uma influência significativa", disse Wang. Ele acrescentou que a China quer retomar as negociações de livre comércio com seus vizinhos e expandir a participação na Parceria Econômica Abrangente Regional de 15 nações.

    Entretanto, ainda há divisões profundas. Pequim está em desacordo com Tóquio e Seul em várias questões importantes, incluindo seu apoio à Coreia do Norte, sua intensificação da atividade militar em torno de Taiwan e seu apoio à Rússia na guerra com a Ucrânia.

    Os aliados dos EUA Japão e Coreia do Sul, que hospedam milhares de tropas norte-americanas, compartilham a opinião de Washington de que a China -- a segunda maior economia do mundo -- representa uma ameaça crescente à segurança regional.

    Cho disse que, durante a reunião, pediu à China que ajude a persuadir a Coreia do Norte a abandonar suas armas nucleares.

    "Também enfatizei que a cooperação militar ilegal entre a Rússia e a Coreia do Norte deve ser interrompida imediatamente e que a Coreia do Norte não deve ser recompensada por seus erros durante o processo de acabar com a guerra na Ucrânia", acrescentou.

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