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    Jean-Luc Mélenchon: vitória da extrema direita mostra insatisfação dos franceses com governo Macron

    Apesar disso, líder da França Insubmissa propõe união com o centro para barrar avanço do partido de Marine Le Pen no segundo turno

    (Foto: Reprodução)

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    247 - Em um primeiro turno de participação histórica dos franceses, o partido Reunião Nacional, de extrema direita, saiu na frente, conquistando 34% dos votos, segundo as pesquisas de boca de urna.

    A Nova Frente Popular, união dos partidos da esquerda, ficou em segundo, com 28,5% dos votos. Já o grupo do presidente Emmanuel Macron chegou em terceiro, com 20,05% dos votos.

    Com isso, a primeira definição é que Gabriel Attal não será mais primeiro-ministro e o presidente terá de governar com um opositor político, informa a RFI.

    Jean-Luc Mélenchon, líder da França Insubmissa, que integra a Nova Frente Popular, disse que o resultado mostra a insatisfação da população com o governo de Emmanuel Macron. Ele também convocou o centro e a esquerda a se unirem contra a vitória da extrema direita no segundo turno e lembrou: "O que é certo agora é que Gabriel Attal não será mais primeiro-ministro", destacou.  

    A participação dos franceses foi histórica, cerca de 65,5% dos eleitores comparecerem às urnas, a maior dos últimos 40 anos.

    Diante dos primeiros resultados, as projeções indicam que o partido Reunião Nacional pode obter entre 230 e 280 cadeiras na Assembleia Nacional. Para ter maioria absoluta é preciso ao menos 289 cadeiras.

    Segunda maior força do parlamento, segundo os resultados das urnas, a Nova Frente Popular pode atingir entre 125 e 165, enquanto o Juntos para a República, liderado pelo partido Renascimento e outros aliados do presidente Macron, teria entre 80 e 100 cadeiras. 

    Após o anúncio das primeiras estimativas, a líder do partido Reunião Nacional (RN), Marine Le Pen, falou aos apoiadores na sua zona eleitoral, no departamento de Pas-de-Calais (norte da França). Ela agradeceu a participação dos franceses que, segundo ela, demonstraram uma "vontade de virar a página". No entanto, ela lembrou que é preciso não antecipar a vitória.

    "Nada está ganho e o segundo turno será determinante", disse ela, lembrando que a disputa do RN será contra a união da esquerda. 

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