Julgamento de Sean "Diddy" Combs por tráfico sexual é marcado para maio
O rapper e produtor pode pegar até prisão perpétua ou um mínimo de 15 anos de encarceramento caso seja considerado culpado das três acusações que enfrenta
NOVA YORK (Reuters) - O cantor e produtor musical Sean "Diddy" Combs vai ser julgado por acusações federais de tráfico sexual e extorsão a partir de 5 de maio do ano que vem, decidiu um juiz de Nova York em audiência nesta quinta-feira, na qual o astro do hip hop, que está preso, jogou beijos para a família no tribunal.
Durante a audiência diante do juiz Arun Subramanian, em Manhattan, o advogado de Combs, Marc Agnifilo, verbalizou preocupações sobre o que chamou de vazamentos impróprios por agentes federais sobre o caso. A promotora Emily Jonhson afirmou que as alegações não possuem base factual.
Combs, de 54 anos, declarou-se inocente no dia 17 de setembro por três acusações de usar seu império de negócios -- incluindo a gravadora Bad Boy Entertainment -- para transportar garotas e garotos de programa para diferentes Estados com o intuito de participarem de performances sexuais gravadas, chamadas de “Freak Offs”.
A audiência desta quinta-feira foi a terceira aparição do astro no tribunal desde sua prisão, ocorrida em setembro.
Usando trajes de cor bege, típicos da prisão, Combs se levantou e jogou beijos para os membros de sua família sentados na plateia do tribunal após o término da audiência. Sua mãe e filhos compareceram à corte, afirmou o advogado de defesa Anthony Ricco no tribunal. Combs foi então levado por uma porta lateral por agentes federais.
A promotora afirmou que a atuação da promotoria no julgamento durará pelo menos três semanas. A defesa de Combs durará cerca de uma semana, disse Agnifilo.
Combs segue preso no Brooklyn. Seu recurso contra a decisão de um outro juiz, que negou a ele o direito a fiança, está pendente de julgamento.
O rapper e produtor pode pegar até prisão perpétua ou um mínimo de 15 anos de encarceramento caso seja considerado culpado das três acusações que enfrenta: extorsão, tráfico sexual e transporte para participar de prostituição.
Promotores afirmam que Combs seduzia mulheres, dando-lhes drogas como cetamina e ecstasy, além de apoio financeiro ou promessas de ajuda profissional ou de um relacionamento romântico.
Ele então usava gravações secretas dos atos sexuais como “garantia” do silêncio das mulheres, e por vezes usava armas para intimidar as vítimas dos abusos e outras testemunhas, afirmam os promotores.
O indiciamento não cita que Combs tenha participado diretamente de quaisquer atos sexuais sem consentimento com mulheres, embora ele tenha sido acusado de agredi-las fisicamente.
Agnifilo afirmou que os atos sexuais descritos pelos promotores foram consensuais.
iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: