Kamala Harris afirma que vai defender Israel, Ucrânia, Otan e reforçar poder militar dos EUA
A candidata do Partido Democrata reafirmou a política externa imperialista dos EUA
247 - A candidata presidencial do Partido Democrata Kamala Harris afirmou durante seu discurso de encerramento da convenção nacional do partido que se eleita presidente vai defender Israel e Ucrânia, apoiar os aliados e membros da Otan e garantir que os Estados Unidos mantenham o maior poder militar do mundo, no discurso
Num dos momentos mais esperados do discurso em que aceitou oficialmente a candidatura à Casa Branca, Harris defendeu o cessar-fogo, mas não deixou margem para dúvidas quanto ao apoio a Israel.
"No que respeita à guerra em Gaza, o Presidente Biden e eu estamos a trabalhar sem parar, porque agora é o momento para conseguir um acordo para libertar os reféns e um cessar-fogo", afirmou a candidata democrata.
"Deixem-me ser clara: vou sempre defender o direito de Israel de se defender a si própria e vou garantir que tenha a capacidade de o fazer, porque o povo de Israel nunca mais deverá ter de enfrentar o horror que uma organização terrorista chamada Hamas causou a 07 de outubro", afirmou.
Mas Harris também criticou o que está acontecendo em Gaza, considerando a situação dos últimos dez meses devastadora e defendendo o direito dos palestinianos a viver em paz e segurança.
"Tantas vidas inocentes perdidas, pessoas desesperadas e esfomeadas a fugirem sem parar", descreveu. "A dimensão do sofrimento é de partir o coração", continuou.
Harris assegurou que o governo Biden está trabalhando para acabar com esta guerra e "assegurar que o povo palestino possa realizar o seu direito à segurança, liberdade e autodeterminação".
Ela disse que não irá tolerar ditadores, ao contrário de Donald Trump, e que vai assegurar o poder militar do país.
"Como comandante suprema, vou garantir que a América tenha sempre a maior e mais letal força de combate do mundo e vou cumprir a nossa obrigação sagrada para com as nossas tropas", afirmou a candidata.
"Como presidente, vou defender a Ucrânia e os nossos aliados da Otan, afirmou, lembrando que o oponente Donald Trump ameaçou abandonar a Organização do Tratado do Atlântico Norte e "encorajou Putin" a invadir quem quisesse.
Harris acusou Trump de ser manipulável com elogios e favores e de nunca ter responsabilizado ditadores porque ele próprio quer ser um autocrata.
"Nunca vou vacilar na defesa dos ideais e segurança da América", disse Kamala Harris.
Esta parte do discurso, em que abordou diretamente o que será a sua política externa, arrancou muitos aplausos e foi ligada a um sentimento de patriotismo e crença no sonho americano que permeou a convenção.
"Meus caros americanos, adoro o nosso país com todo o meu coração", disse Harris. "Somos os herdeiros da maior democracia na história do mundo", considerou, pedindo aos eleitores que mostrem uns aos outros e ao resto do mundo aquilo que a nação é e o que defende: liberdade, oportunidade, compaixão, dignidade, justiça e possibilidades intermináveis.
"Temos de estar à altura desde momento", declarou.
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