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    Kim Jong Un diz que novo acordo militar com a Rússia é 'de natureza defensiva'

    Os países assinaram o Acordo de Parceria Estratégica Abrangente, que visa promover a cooperação bilateral e os laços militares

    Vladimir Putin e Kim Jong Un em Pyongyang 19/6/2024 (Foto: KCNA via REUTERS)

    247 - O Acordo de Parceria Estratégica Abrangente entre a Rússia e a Coreia do Norte é de natureza pacífica e defensiva, disse o líder norte-coreano Kim Jong Un nesta quarta-feira (19). 

    O presidente da Rússia, Vladimir Putin, Kim e membros das delegações russas e norte-coreanas realizaram conversações na Coreia do Norte entre terça e quarta-feira. Os países assinaram o Acordo de Parceria Estratégica Abrangente, que visa promover a cooperação bilateral e os laços militares. 

    "Este é um acordo poderoso... nada mais do que um documento de natureza verdadeiramente construtiva, promissora, exclusivamente pacífica e defensiva, projetado para proteger e defender os interesses básicos dos povos dos dois países. Não tenho dúvidas de que se tornará a força motriz que acelerará a criação de um novo mundo multipolar", disse Kim Jong Un, conforme citado pela agência Sputnik.

    O acordo atende à natureza estratégica das relações entre os dois países em uma nova era, acrescentou o líder norte-coreano. "Os tempos mudaram. O status da Coreia do Norte e da Rússia na estrutura geopolítica global também mudou", acrescentou o líder.

    Após as conversas com Kim Jong Un, Putin disse que Acordo de Parceria Estratégica Abrangente assinado pela Rússia e pela Coreia do Norte prevê assistência mútua em caso de agressão contra um dos participantes.

    Neste contexto, o líder russo chamou a atenção para as declarações dos Estados Unidos e de outros países da Otan sobre o fornecimento de sistemas de armas de alta precisão e longo alcance, aeronaves F-16 e outras armas e equipamentos semelhantes para atacar o território russo.

    APOIO À GUERRA NA UCRÂNIA - A visita de Putin ocorreu em meio a acusações dos Estados Unidos de que a Coreia do Norte teria fornecido dezenas de mísseis balísticos e mais de 11.000 contêineres de munição à Rússia para serem usados na guerra contra a Ucrânia. A Coreia do Sul, firme aliada dos EUA, também levantou preocupações semelhantes. 

    A Casa Branca disse nesta segunda-feira estar preocupada com o aprofundamento das relações entre Rússia e Coreia do Norte. O Departamento de Estado dos EUA avaliou como "bastante certo" que Putin buscará armas para apoiar a sua guerra na Ucrânia. Recentemente, os ministros das Relações Exteriores do Grupo dos Sete (G7) pediram à Coreia do Norte que interrompa a suposta exportação de armas para a Rússia, destinadas ao uso no conflito na Ucrânia, segundo um comunicado conjunto divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores da Itália.

    Moscou e Pyongyang negaram transferências de armas, mas prometeram fortalecer laços militares, o que pode incluir exercícios conjuntos. A agenda das negociações também incluiu questões de economia, energia e transporte. 

    Ainda nesta quarta-feira, o presidente russo, Vladimir Putin, chegou ao Vietnã para uma visita de Estado de dois dias. O avião com o líder russo a bordo pousou no Aeroporto Internacional de Hanói. 

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