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Macron recusa pedido de renúncia do seu primeiro-ministro neoliberal

Decisão sinaliza que o presidente francês não tem a intenção de permitir a formação imediata de um governo de esquerda na França

Emmanuel Macron (Foto: Sergey Guneyev/TASS)

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PARIS, 8 de julho, TASS – O Presidente da França, Emmanuel Macron, recusou-se a aceitar a renúncia do Primeiro-Ministro Gabriel Attal, conforme relatado pela agência de notícias AFP, citando o Palácio do Eliseu. Segundo a fonte, o chefe de estado pediu ao primeiro-ministro que permanecesse temporariamente no cargo para garantir a estabilidade no país. Após a reunião com Attal, Macron recebeu o Ministro do Interior, Gerald Darmanin, que também havia manifestado sua intenção de renunciar após as eleições.

De acordo com a AFP, o governo continuará operando em sua composição atual até o início do outono para garantir que os Jogos Olímpicos (26 de julho a 11 de agosto) e Paralímpicos (28 de agosto a 8 de setembro) ocorram sem problemas.

Enquanto isso, a aliança de esquerda Nova Frente Popular, que venceu as eleições parlamentares, ainda está decidindo quem escolher como primeiro-ministro. A rádio Europe 1 informou que o novo chefe de governo não será anunciado em breve. Macron pode não tomar uma decisão final sobre a candidatura do primeiro-ministro até 18 de julho, data da primeira reunião da Assembleia Nacional para eleger seu novo presidente.

Anteriormente, a estação de rádio destacou que o chefe de estado não é obrigado a nomear imediatamente um novo chefe de governo. O Palácio do Eliseu deixou claro que o presidente precisa de tempo para analisar a situação. Além disso, o líder francês deve viajar a Washington em 9 de julho para participar da cúpula da OTAN, podendo retornar aos assuntos internos apenas em 11 de julho.

Segundo o Ministério do Interior da França, a aliança Frente Popular Nova venceu as eleições extraordinárias para a Assembleia Nacional (câmara baixa do parlamento), conquistando 182 assentos. A coalizão presidencial Juntos pela República obteve 168 assentos, seguida pelo partido de direita Reunião Nacional (143) e pelo partido de centro-direita Republicanos (46).

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