Para imprensa francesa, país continua "ingovernável" depois das eleições
"O plenário continua fragmentado em três blocos, sem maioria, e a França ficará sem dúvida, por muito tempo, na maior confusão”, destaca o jornal Le Figaro
RFI - A imprensa francesa repercute os resultados surpreendentes das eleições legislativas, mas nota que o "esclarecimento" que o presidente Emmanuel Macron buscava na Assembleia dos Deputados não se concretizou. "Depois da criticada dissolução da Casa, o plenário continua fragmentado em três blocos, sem maioria, e a França ficará sem dúvida, por muito tempo, na maior confusão”, observa o jornal Le Figaro.
O jornal Le Parisien chega à mesma conclusão: "A situação é ainda mais nebulosa e confusa no final dessas eleições legislativas". Para o diário, "os resultados tornam a Assembleia ingovernável", e "os franceses têm dificuldade em ver para onde caminha o país".
O jornal regional La Provence prevê um período de instabilidade, uma vez que nenhum partido saiu fortalecido das urnas. "Ninguém conseguirá implementar o seu programa", nota o veículo.
Mais do que nunca, “persiste a imprecisão sobre as futuras alianças e o futuro primeiro-ministro”, sublinha o jornal La Voix du Nord, que questiona em sua manchete: “A esquerda na frente: e agora?”.
O único aspecto positivo é o fato de a extrema direita ter sido afastada do poder. "Obrigado à frente republicana!”, exclama o Libération em sua manchete. Na avaliação do jornal progressista, "a aliança das forças republicanas, que a maioria dos analistas considerava moribunda, conseguiu o essencial: bloquear o caminho da extrema direita”, enfatiza.
“O Reunião Nacional não deve chegar ao governo. Esta foi a mensagem transmitida por uma forte maioria da população francesa no segundo turno das eleições legislativas”, acrescenta La Croix. “A onda republicana testemunha uma França generosa, que não cede ao apelo do medo. É com ela e através dela que o futuro deve ser construído”, indica o diário católico.
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