Manifestantes pressionam Benjamin Netanyahu e clamam pelo fim dos crimes cometidos por Israel em Gaza
Os protestos aconteceram em frente ao complexo de prédios do governo, onde fica o quartel-general do Ministério da Defesa
247 - Milhares de israelenses participaram neste sábado (22) de um protesto contra o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu em Tel Aviv. Os manifestantes exigiram a libertação imediata dos reféns ainda mantidos na Faixa de Gaza e o fim do genocídio cometido por forças israelenses no território palestino.
A manifestação ocorreu em frente ao complexo de prédios do governo, onde fica o quartel-general do Ministério da Defesa. Equipes médicas e forças policiais seguem no local para o bloqueio de ruas próximas e instalação de barreiras para evitar tumultos e interrupções no tráfego.
Os manifestantes pedem um novo acordo com o Hamas que garanta a libertação dos 59 reféns restantes, além da devolução dos corpos de eventuais falecidos. Além de bandeiras do país, o grupo segurava fotos dos sequestrados e ainda entoavam palavras contrárias ao governo.
Também houve críticas à demissão do chefe do Serviço Geral de Segurança de Israel (Shabak), Ronen Bar, recentemente aprovada pelo gabinete do primeiro-ministro, mas suspensa na sequência após decisão do Supremo Tribunal do país.
Retomada das operações na Faixa de Gaza
No início desta semana, as Forças de Defesa de Israel retomaram os ataques contra a Faixa de Gaza. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que as ofensivas ocorreram após o Hamas rejeitar um plano norte-americano para estender o cessar-fogo e liberar reféns. Por sua vez, Izzat al-Rishq, membro do alto escalão do Hamas, declarou que a decisão de Netanyahu de voltar à guerra coloca o grupo israelense em risco de morte.
O cessar-fogo entre Israel e Hamas terminou oficialmente em 1º de março, mas os combates não haviam sido retomados devido a negociações conduzidas por mediadores. No entanto, Israel interrompeu o fornecimento de eletricidade para a estação de dessalinização de Gaza e bloqueou a entrada de caminhões com ajuda humanitária na região.
Autoridades jurídicas da África do Sul denunciaram Israel na Corte Internacional de Justiça pelo crime de genocídio. A CIJ apenas recomendou a paralisação do massacre. O Tribunal Penal Internacional também chegou a emitir o mandado de prisão contra Netanyahu. O primeiro-ministro segue em liberdade e recebendo apoio dos Estados Unidos.
As forças de Israel continuaram a ofensiva no Oriente Médio e envolveram outros países. Neste sábado (22), por exemplo, artilharia e ataques aéreos israelenses atingiram o sul do Líbano no sábado, depois que Israel disse ter interceptado foguetes disparados do outro lado da fronteira, colocando em risco uma trégua instável que encerrou uma guerra de um ano entre Israel e o grupo armado libanês Hezbollah.
Esse conflito marcou o desdobramento mais mortal da guerra de Gaza, que atravessou a fronteira por meses antes de uma ofensiva israelense contundente que eliminou os principais comandantes do Hezbollah, muitos de seus combatentes e grande parte de seu arsenal.
O Hezbollah negou a responsabilidade pelos ataques de sábado, dizendo que não tinha "nenhuma ligação" com os lançamentos de foguetes e que continuava comprometido com o cessar-fogo. Nenhum grupo reivindicou a responsabilidade pelo ataque.
Uma autoridade israelense disse que a identidade do grupo que disparou os foguetes ainda não tinha sido confirmada. Seis foguetes foram disparados, segundo a autoridade, três dos quais atravessaram para Israel e foram interceptados.
A troca de disparos de sábado foi a primeira desde que Israel abandonou um cessar-fogo separado em Gaza com o grupo militante palestino Hamas, um aliado do Hezbollah, ambos apoiados pelo inimigo de Israel, o Irã (com Sputnik e Reuters).
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