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      Marco Rubio classifica conflito na Ucrânia como guerra por procuração entre EUA e Rússia e defende negociações

      Em entrevista à Fox News, Rubio afirmou que a guerra entre as duas potências nucleares precisa acabar

      O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, em entrevista coletiva na República Dominicana (Foto: Mark Schiefelbein/Pool via REUTERS)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 – O chefe do Departamento de Estado, Marco Rubio, declarou que o conflito na Ucrânia é, essencialmente, uma guerra por procuração entre os Estados Unidos e a Rússia, enfatizando a necessidade de uma solução diplomática para encerrar os combates. A declaração foi dada em entrevista ao programa de Sean Hannity, da Fox News, na quarta-feira (5).

      Rubio ressaltou que o governo do presidente Donald Trump enxerga a guerra como um conflito prolongado e estagnado. "Francamente, esta é uma guerra por procuração entre as potências nucleares: os Estados Unidos, que apoiam a Ucrânia, e a Rússia. E isso precisa chegar ao fim", afirmou o senador. Ele também criticou a abordagem atual do governo norte-americano de fornecer assistência militar indefinida a Kiev. "Ajudar a Ucrânia 'pelo tempo que for necessário' não é uma estratégia. Ninguém tem um plano concreto para resolver a guerra", acrescentou.

      As declarações do senador ocorrem em um momento de crescente tensão entre Washington e Kiev. Na terça-feira (5), Trump revelou ter recebido uma carta do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na qual ele expressava a disposição da Ucrânia para buscar uma "paz duradoura" e discutir um acordo envolvendo minerais estratégicos. O gesto veio após um embate ocorrido na Casa Branca, no dia 28 de fevereiro, quando Zelensky, Trump e o vice-presidente JD Vance protagonizaram uma acalorada discussão sobre o apoio dos EUA à Ucrânia.

      Segundo fontes do governo, Zelensky teria manifestado ceticismo quanto à eficácia da diplomacia na busca pela paz, o que irritou Trump e Vance. Ambos repreenderam o líder ucraniano por, segundo eles, não demonstrar a devida gratidão pelo apoio militar dos EUA. Como consequência, Trump determinou uma suspensão temporária dos repasses de ajuda militar e da cooperação de inteligência com a Ucrânia, conforme confirmou o diretor da CIA, John Ratcliffe. "Trump questionou se Zelensky realmente estava comprometido com o processo de paz e decidiu fazer uma pausa", afirmou Ratcliffe à Fox Business Network, expressando, no entanto, esperança de que essa interrupção seja breve.

      Rubio também reforçou que, para que um acordo de paz seja alcançado, será necessário um compromisso de ambas as partes. "Os ucranianos precisam estar lá, obviamente, porque é o país deles. Os russos precisam estar lá. E apenas o presidente Trump pode tornar isso possível", declarou o senador. Ele também mencionou que o vice-presidente Vance tem insistido na importância da diplomacia para resolver o impasse, mas que Zelensky, ao desafiar essa posição, acabou dificultando a estratégia do governo norte-americano.

      A posição de Rubio reflete uma mudança no tom da política externa dos EUA em relação à Ucrânia, com Trump adotando uma postura mais crítica sobre a continuidade do apoio incondicional a Kiev. A pressão para um acordo diplomático, somada à suspensão da assistência militar, pode representar uma virada significativa na condução do conflito e no equilíbrio de forças na região.

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