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Medvedev ameaça invadir Berlim com tanques em resposta a uso de armas alemãs na Rússia

Berlim diz não possuir dados próprios sobre o uso de armas fornecidas pela Alemanha pelas forças armadas ucranianas em Kursk

Dmitry Medvedev (Foto: Sputnik/Valentin Yegorshin/Pool via REUTERS)

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247 - O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, fez duras declarações contra o envio de armamentos alemães para a Ucrânia, que teria utilizado os equipamentos para invadir território russo, na região de Kursk. Em resposta, Medvedev ameaçou invadir Berlim com "os mais novos tanques russos".

"O jornal alemão Bild publicou um artigo revanchista onde anuncia orgulhosamente o retorno dos tanques alemães às terras russas. Em resposta, faremos de tudo para trazer os mais novos tanques russos para a Platz d. Republik", escreveu Medvedev na rede social X (antigo Twitter). 

O governo alemão disse à RIA Novosti na última sexta-feira que não possui dados próprios sobre o uso de armas fornecidas pela Alemanha pelas forças armadas ucranianas na região de Kursk, o que Moscou classificou como um ataque terrorista e chamou de provocação.

"O governo federal não tem informações próprias sobre isso", disse um porta-voz do governo alemão quando questionado se o governo poderia confirmar ou negar o uso de armas fornecidas pela Alemanha por Kiev na região de Kursk.

O porta-voz acrescentou que "tomou conhecimento" dos relatos "sobre essa questão" e os chamou de "contraditórios".

Ao mesmo tempo, o porta-voz não respondeu à pergunta de se o governo compartilhava a opinião do presidente do Comitê de Defesa do Bundestag, Marcus Faber, que justificou o uso de armas fornecidas pela Alemanha pela Ucrânia no ataque à região de Kursk. Ela também não respondeu à pergunta de se Berlim havia contatado Kiev sobre o uso de armas fornecidas pela Alemanha no território da Rússia.

Um total de 69 pessoas, incluindo oito crianças, estão agora sendo tratadas em hospitais como resultado dos ataques ucranianos em Kursk, disse neste domingo (11) o ministro da Saúde russo, Mikhail Murashko.

Mais de 8.000 pessoas deixaram as áreas fronteiriças da região de Kursk nas últimas 24 horas, e cerca de 6.000 estão em centros de acomodação temporária, informou o Ministério de Emergências da Rússia neste domingo. A região está recebendo ajuda humanitária de forma contínua, e mais cinco comboios com equipamentos para o funcionamento dos abrigos temporários devem chegar ainda hoje, acrescentou a pasta. 

Na manhã da última terça-feira, as forças ucranianas cruzaram a fronteira com a Rússia e lançaram uma ofensiva na região de Kursk, capturando várias aldeias. O presidente russo, Vladimir Putin, ao comentar sobre o ataque, afirmou que a Ucrânia havia realizado mais uma provocação em grande escala e estava disparando indiscriminadamente contra alvos civis. (Com agências). 

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