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    "Militares sionistas merecem ser tratados como nazistas", diz Breno Altman

    Judeu antissionista defende a prisão do militar israelense que conseguiu fugir para a Argentina

    Breno Altman | Gaza (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Reuters)
    Redação Brasil 247 avatar
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    247 – Em uma postagem recente no X, Breno Altman, editor do Opera Mundi, expressou fortes críticas ao caso do soldado israelense Yuval Vagdani, acusado de crimes de guerra contra o povo palestino. Altman afirmou que “militares sionistas merecem ser tratados como nazistas” e defende a prisão do militar que fugiu para a Argentina.

    “O soldado israelense Yuval Vagdani, acusado por crimes de guerra contra o povo palestino, está tentando fugir do Brasil com a ajuda do regime sionista. Sua última localização é o Morro de São Paulo, na Bahia. Deveria ser questão de honra para a Polícia Federal prender esse verme”, escreveu Altman em seu tweet. Em outra publicação, ele reforçou: “Militares sionistas merecem ser tratados como os nazistas no passado e responder por suas vilanias.”

     

    O contexto do caso envolve Yuval Vagdani, soldado das Forças de Defesa de Israel (IDF), que estava de férias no Brasil e fugiu para a Argentina no último domingo para escapar de um mandado de prisão emitido pela Justiça Federal brasileira. A ordem de prisão, publicada após uma ação da Hind Rajab Foundation (HRF), investiga supostos “crimes de guerra” cometidos pelo militar na Faixa de Gaza, conforme noticiado pelo The Jerusalem Post e pelo jornal brasileiro Metrópoles.

    A decisão foi proferida pela juíza federal Raquel Soares Charelli durante uma sessão especial realizada na semana passada. Segundo a avaliação israelense, a HRF recebe apoio de um Estado externo em suas investigações, e o Ministério das Relações Exteriores de Israel recebeu sinais das intenções da organização no sábado às 10h.

    A HRF, uma organização internacional comprometida em “quebrar o ciclo de impunidade israelense”, acusou o soldado de “participar de demolições massivas de residências civis em Gaza durante uma campanha sistemática de destruição”. No site oficial da HRF, a acusação afirma: “Esses atos fazem parte de um esforço mais amplo para impor condições de vida insuportáveis aos civis palestinos, constituindo genocídio e crimes contra a humanidade segundo o direito internacional.”

    Maira Pinheiro, advogada principal da HRF, declarou ao Metrópoles: “Este não é um caso de ordens dadas à distância. Este indivíduo contribuiu ativamente para a destruição de casas e meios de subsistência, e suas próprias declarações e comportamentos alinham-se claramente com os objetivos genocidas em Gaza.”

    Após a fuga de Vagdani para a Argentina, a Articulação Judaica de Esquerda denunciou uma violação à soberania nacional brasileira, alegando intervenção estrangeira no país. A organização afirmou que houve uma articulação para proteger o militar, comprometendo a integridade das investigações locais.

    Em resposta, funcionários do Ministério das Relações Exteriores de Israel coordenaram com as IDF a assistência ao soldado, contataram a família de Vagdani e ajudaram-no a deixar o país, decisão que foi criticada por Altman e outros críticos como uma falha na aplicação da justiça internacional.

    O caso de Yuval Vagdani é o mais recente dentre vários incidentes semelhantes, nos quais a HRF busca a responsabilização de soldados israelenses por supostos crimes contra a humanidade em conflitos na Faixa de Gaza. A fuga do militar para a Argentina levanta questões sobre a eficácia das investigações e a cooperação internacional no combate à impunidade.

    As declarações de Breno Altman refletem a crescente tensão e debate sobre a responsabilidade de militares envolvidos em conflitos internacionais, destacando a necessidade de mecanismos mais robustos para garantir a justiça e a accountability em casos de violações de direitos humanos.

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