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Ministros de extrema direita da coalizão de Netanyahu ameaçam abandoná-lo em caso de cessar-fogo para parar o genocídio

Governo dos EUA apresentou proposta de cessar-fogo em Gaza, que foi bem recebida pelo Hamas. Israel, no entanto, dá demonstrações que não vai encerrar o massacre dos palestinos

Benjamin Netanyahu e Faixa de Gaza após ataque de Israel (Foto: ABR | Reprodução/AlJazeera)

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247 - A tensão política em Israel atingiu um novo patamar neste sábado (1), quando dois ministros de extrema direita ameaçaram abandonar o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu caso ele aceite um acordo de cessar-fogo com o Hamas em Gaza, segundo o Metrópoles. A ameaça foi feita em meio a esforços renovados de mediadores internacionais, incluindo Estados Unidos, Catar e Egito, para negociar um fim das ofensivas e a libertação de reféns.

Itamar Ben-Gvir, ministro da Segurança Interna, e Bezalel Smotrich, ministro das Finanças, expressaram publicamente sua oposição a qualquer acordo que não inclua a completa destruição do Hamas. “Este é um acordo promíscuo, que representa uma vitória para o terrorismo e um perigo para a segurança do Estado de Israel. Concordar com tal acordo não é uma vitória absoluta – mas uma derrota absoluta. Se o primeiro-ministro implementar o acordo promíscuo nas condições publicadas hoje, o que significa o fim da guerra e a renúncia do Hamas, Otzma Yehudit dissolverá o governo”, declarou Ben-Gvir em suas redes sociais.

Smotrich foi igualmente enfático, afirmando: “Falei agora com o primeiro-ministro e deixei-lhe claro que não farei parte de um governo que concordará com o esboço proposto e acabará com a guerra sem destruir o Hamas e devolver todos os raptados. Não concordaremos com o fim da guerra antes da destruição do Hamas".

A eventual perda do apoio dos ministros de extrema direita poderia significar o colapso do governo de Netanyahu, uma vez que sua coalizão depende desses aliados para manter a maioria parlamentar. No entanto, Netanyahu não dá sinais de que prentende aderir ao cessar-fogo e mostra que está disposto a seguir com o genocídio do povo palestino. O primeiro-ministro assegurou que não encerraria o conflito sem a aniquilação completa do Hamas. “O Hamas continua a fazer exigências extremas. A sua principal delas é que retiremos todas as nossas tropas da Faixa de Gaza, ponhamos fim à guerra e deixemos o Hamas em paz. O Estado de Israel não pode aceitar estes termos”, afirmou Netanyahu em uma mensagem de vídeo.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, manifestou seu apoio a um “acordo abrangente” que incluiria a retirada das tropas israelenses do território palestino por seis semanas e a libertação de todos os reféns. Segundo Biden, se o Hamas respeitar os termos, a trégua pode evoluir para um cessar-fogo permanente. 

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