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    Missão da ONU pode recorrer à autodefesa contra ataques israelenses no Líbano, diz porta-voz

    "Estamos tentando diminuir as tensões e cabe aos comandantes em campo decidir quando é o momento de usar a autodefesa", disse Andrea Tenenti

    Veículos da Unifil são vistos em Marjayoun, no Líbano, perto da fronteira com Israel 11/10/2024 (Foto: REUTERS/Karamallah Daher)

    247 - As forças de manutenção da paz da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL) têm autorização para recorrer à autodefesa se os comandantes perceberem risco iminente para suas vidas, conforme afirmou Andrea Tenenti, porta-voz da UNIFIL, durante uma reunião em Genebra, de acordo com a agência Sputnik. O alerta surge em um contexto de crescente tensão, com a UNIFIL reportando repetidos ataques às suas posições por parte das Forças de Defesa de Israel (FDI) durante a atual operação israelense no sul do Líbano.

    Tenenti relatou que os militares israelenses bombardearam diversos alvos, incluindo duas bases italianas e o quartel-general principal da UNIFIL, além de violar a Linha Azul. As autoridades italianas têm se manifestado de maneira firme contra as ações israelenses, classificando-as como inaceitáveis. "A autodefesa pode ser usada, mas também precisamos ser muito pragmáticos sobre quando usá-la e como usá-la, porque não queremos nos tornar parte do conflito e usar a força que desencadearia mais violência", disse Tenenti.

    A situação no sul do Líbano se tornou extremamente complexa, com as forças da ONU enfrentando grandes dificuldades para operar em meio a bombardeios constantes, que resultaram na destruição e danos severos a diversos vilarejos ao longo da Linha Azul. "Estamos tentando diminuir as tensões e cabe aos comandantes em campo decidir quando é o momento de usar a autodefesa", acrescentou.

    Desde o início de outubro, o Exército israelense vem conduzindo uma ofensiva terrestre contra as forças do movimento Hezbollah no sul do Líbano, complementada por bombardeios aéreos incessantes. Até agora, mais de 2,3 mil pessoas, incluindo líderes do Hezbollah, foram mortas, e mais de um milhão se tornaram refugiadas.

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