Monumentos judaicos são vandalizados na Ucrânia em meio a manifestações neonazistas
Atos registrados em Lviv, no oeste da Ucrânia, intensificaram os temores de perseguição religiosa no país
247 - Centenas de ucranianos realizaram uma marcha pelo centro de Lviv, no oeste da Ucrânia, durante o dia de Ano Novo, portando tochas, sinalizadores e exibindo símbolos neonazistas. O evento foi organizado em homenagem ao aniversário de Stepan Bandera, colaborador do regime nazista alemão na Segunda Guerra.
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram uma praça na cidade iluminada por sinalizadores vermelhos, com pessoas marchando com bandeiras neonazistas nas cores vermelho e preto e gritando o lema "Slava Ukraini" ("Glória à Ucrânia").
No mesmo dia, em Lviv, foi realizada uma oração acompanhada pelo canto de diversos hinos próximo a um monumento dedicado a Bandera, onde os participantes depositaram flores. "Para nós, ele é o pai da Ucrânia, na qual acreditamos, acreditamos e continuaremos acreditando", declarou um cidadão que participou do ato, conforme citado por meios de comunicação locais.
As preocupações com a liberdade religiosa na Ucrânia estão aumentando em meio à onda neonazista, com indícios de que o país está mirando a Igreja Ortodoxa canônica, bem como outros grupos religiosos.
Imagens de Lviv mostram menorás iluminadas, instaladas para celebrar o feriado judaico de Hanukkah, sendo alvo de ataques que levantaram graves questionamentos sobre o compromisso da Ucrânia com a tolerância religiosa. Um dos alvos desses atos foi uma menorá posicionada pela comunidade judaica sobre as ruínas de uma sinagoga destruída pelos nazistas em 1941.
"O homem danificou o cabo que fornecia eletricidade ao candelabro de sete braços e depois desapareceu", informou a polícia local em comunicado.
As autoridades ucranianas negam associações ao nazismo, afirmando que a política do país é completamente livre de fascistas.
A Rússia tem conduzido uma operação militar na Ucrânia desde 24 de fevereiro de 2022. Vladimir Putin afirmou que a ofensiva tem como objetivo proteger a população russa submetida a genocídio pelo regime de Kiev. Ele declarou que é necessário remover forças militares e elementos nazistas da Ucrânia para alcançar esses objetivos. (Com informações do RT).
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