Kim Jong-un deseja a Putin que 2025 seja o ano da vitória da Rússia sobre os neonazistas

247 - Em sua mensagem de Ano Novo ao presidente russo Vladimir Putin, o líder norte-coreano Kim Jong-un expressou o desejo de que 2025 seja o ano da vitória do exército e do povo russo sobre os neonazistas, informou a Agência Central de Notícias da Coreia (KCNA) nesta terça-feira (31).

A Rússia tem conduzido uma operação militar na Ucrânia desde 24 de fevereiro de 2022. Vladimir Putin afirmou que a ofensiva tem como objetivo proteger a população russa submetida a genocídio pelo regime de Kiev. Ele declarou que é necessário remover forças militares e elementos nazistas da Ucrânia para alcançar esses objetivos. As autoridades ucranianas negam associações ao nazismo, afirmando que a política do país é completamente livre de fascistas. 

Na mensagem, Kim Jong-un também desejou sucesso a Putin na "difícil" tarefa de liderar o Estado russo. "O camarada Kim Jong-un desejou que o ano de 2025 seja o ano da vitória na guerra do século XXI, quando o exército e o povo russo derrotarão os neonazistas e alcançarão uma grande vitória. Ele também desejou ao camarada Vladimir Vladimirovich Putin ainda mais sucesso na difícil e responsável tarefa de liderar o Estado, e ao povo russo — prosperidade, bem-estar e felicidade", declarou a publicação.

Além disso, Kim Jong-un destacou as relações "calorosas" entre Rússia e Coreia do Norte e a "coragem" do exército russo em sua saudação de Ano Novo.

O líder norte-coreano também enviou congratulações ao "povo irmão" russo e a todos os soldados do "valente exército russo", afirmou a KCNA.

Kim Jong-un expressou ainda sua disposição de trabalhar para fortalecer a parceria estratégica abrangente com a Rússia.

Anteriormente, a KCNA havia relatado que Vladimir Putin enviou uma carta de congratulações a Kim por ocasião do Ano Novo, expressando confiança de que em 2025 Rússia e Coreia do Norte continuarão a cooperar e intensificar os esforços para enfrentar ameaças e desafios modernos.

COOPERAÇÃO MILITAR - Os líderes assinaram um tratado de defesa mútua em uma cúpula em junho. O acordo prevê que cada lado preste auxílio ao outro em caso de um ataque armado.

Desde então, os Estados Unidos, a Ucrânia e seus aliados acusaraam a Coreia do Norte de enviar dezenas de milhares de soldados para a Rússia. Segundo Washington, mais de mil deles foram mortos ou feridos em combate. 

A Rússia destacou, em resposta, que Washington não tinha qualquer confirmação de que tropas norte-coreanas estariam envolvidas na operação militar. A Coreia do Norte classificou as acusações contra Pyongyang de envio de tropas para a Rússia como "manobras sujas" dos EUA e seus aliados para disfarçar seus próprios crimes e prolongar o conflito na Ucrânia.