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    Netanyahu condiciona cessar-fogo à retomada de genocídio em Gaza

    Cinco dias após o Hamas aceitar uma parte importante do plano, duas autoridades do grupo militante palestino disseram que ainda aguardam resposta de Israel à sua última proposta

    Benjamin Netanyahu e Faixa de Gaza após ataque de Israel (Foto: ABR | Reprodução/AlJazeera)

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    (Reuters) - Qualquer acordo de cessar-fogo em Gaza deve permitir que Israel retome os combates até que seus objetivos sejam alcançados, disse o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu neste domingo (7), no momento em que é esperada a retomada das conversações sobre um plano dos Estados Unidos destinado a pôr fim à guerra de nove meses.

    Cinco dias depois que o Hamas aceitou uma parte importante do plano, duas autoridades do grupo militante palestino disseram que o grupo estava aguardando a resposta de Israel à sua última proposta.

    Netanyahu deve realizar consultas no final do domingo sobre os próximos passos na negociação do plano de três fases que foi apresentado em maio pelo presidente dos EUA, Joe Biden, e está sendo mediado pelo Catar e pelo Egito.

    O objetivo é acabar com a guerra e libertar cerca de 120 reféns israelenses mantidos em Gaza.

    O Hamas abandonou uma exigência fundamental de que Israel se comprometesse primeiro com um cessar-fogo permanente antes de assinar um acordo. Em vez disso, disse que permitiria que as negociações alcançassem esse objetivo durante a primeira fase de seis semanas, disse uma fonte do Hamas à Reuters no sábado, sob condição de anonimato.

    Mas Netanyahu disse que insistiu que o acordo não deve impedir Israel de retomar os combates até que seus objetivos de guerra sejam alcançados. Esses objetivos foram definidos no início da guerra como o desmantelamento das capacidades militares e de governo do Hamas, bem como a devolução dos reféns.

    "O plano que foi acordado por Israel e que foi bem recebido pelo presidente Biden permitirá que Israel devolva os reféns sem infringir os outros objetivos da guerra", disse Netanyahu.

    O acordo, segundo ele, também deve proibir o contrabando de armas para o Hamas através da fronteira entre Gaza e Egito e não deve permitir que milhares de militantes armados retornem ao norte de Gaza.

    O diretor da Agência Central de Inteligência dos EUA, William Burns, vai se reunir com o primeiro-ministro do Catar e com os chefes de inteligência israelense e egípcia na quarta-feira em Doha, disse uma fonte familiarizada com o assunto, que pediu para não ser identificada.

    Burns também deve visitar o Cairo nesta semana, juntamente com uma delegação israelense, informou a Al Qahera News TV do Egito no domingo, citando uma fonte de alto escalão.

    Em Israel, manifestantes saíram às ruas em todo o país para pressionar o governo a concordar com o acordo de cessar-fogo em Gaza, que traria de volta os reféns ainda mantidos em Gaza.

    Eles bloquearam o tráfego nos principais cruzamentos do país, fizeram piquetes nas casas de políticos e atearam fogo em pneus na principal rodovia entre Tel Aviv e Jerusalém antes que a polícia liberasse o caminho.

    Em Gaza, as autoridades de saúde palestinas disseram que pelo menos 15 pessoas foram mortas em ataques israelenses.

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