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    Netanyahu diz aos EUA que está pronto para atacar instalações do Irã e sobe o nível de tensão no Oriente Médio

    Políticos de campos progressistas e ativistas sociais criticam a postura dos Estados Unidos, que, historicamente, apoiam Israel no conflito com iranianos

    Benjamin Netanyahu e Joe Biden (Foto: REUTERS/Elizabeth Frantz)

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    247 - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, informou aos Estados Unidos que está pronto para realizar ataques contra instalações militares não nucleares do Irã, de acordo com relatórios recentes. Em seu ataque mais recente, as forças de Israel deixaram mais de 20 mortos no norte do Líbano, onde mais de 2 mil pessoas morreram em cerca de 1 ano por conta dos ataques das forças israelenses. Nos últimos dias, o Hezbollah reagiu - 4 soldados israelenses morreram e mais de 60 pessoas ficaram feridas neste domingo (13) no norte de Israel. O grupo islâmico também é apoiado pelo Irã, que, no começo do mês,  disparou cerca de 200 mísseis balísticos em direção ao território israelense.

    O governo dos EUA, comandado por Joe Biden atualmente, não comentou oficialmente sobre a possível ação israelense contra o Irã. Analistas acreditam que esse movimento pode levar a uma escalada nas hostilidades no Oriente Médio, aumentando os riscos de um conflito mais amplo entre as nações. Historicamente, os EUA apoiam Israel, mas o governo Netanyahu está cada vez mais isolado.

    Em 2024, autoridades da África do Sul denunciaram Israel na Corte Internacional de Justiça pelo crime de genocídio na Faixa de Gaza, onde, segundo o Ministério da Saúde local, mais de 42 mil palestinos morreram vítimas dos bombardeios israelenses desde outubro do ano passado. 

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    Bandeiras de Israel (à esq.) e do Irã. Foto: Reprodução I Divulgação

    A CIJ ainda não aplicou medidas práticas de contenção do genocídio no Oriente Médio, onde a ofensiva israelense foi além da Faixa de Gaza, e passou a envolver mais diretamente países como Irã e Líbano. Lideranças políticas e ativistas já fizeram pressão sobre o Tribunal Penal Internacional para que determine a prisão de Netanyahu. Mas a direita do Congresso norte-americano, por exemplo, ameaçou estudar formas de se recorrer de uma eventual ordem judicial do TPI contra o primeiro-ministro de Israel. 

    Netanyahu e autoridades israelenses há muito defendem a necessidade de conter o Irã, especialmente no que diz respeito à presença militar iraniana na Síria e ao fornecimento de armas para grupos como o Hezbollah. Um ataque direto contra alvos iranianos que não envolvam o programa nuclear pode representar uma mudança na estratégia de dissuasão israelense.

    A comunidade internacional, principalmente os países que fazem parte do acordo nuclear com o Irã, pode enfrentar um desafio diplomático com essa nova dinâmica. A situação continua sendo monitorada de perto pelos envolvidos e pelos aliados de ambas as nações - Israel e Irã (com informações da Sputnik).

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