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      Obama e Kamala acusam Trump de atacar liberdades fundamentais e alertam para risco à democracia

      Subindo o tom contra a atual administração, referências do Partido Democrata afirmaram que o republicano instaurou um "clima de medo" nos EUA

      Barack Obama (Foto: PHIL NOBLE / REUTERS)
      Guilherme Paladino avatar
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      247 - O segundo mandato de Donald Trump começa a se consolidar com traços cada vez mais autoritários — e, diante do silêncio do establishment republicano, algumas das principais figuras do Partido Democrata decidiram romper o tom contido que vinha marcando o pós-eleição. Em falas públicas na quinta-feira (3), o ex-presidente Barack Obama e a ex-vice Kamala Harris alertaram para o que veem como uma escalada nos ataques a direitos civis e liberdades fundamentais nos Estados Unidos, conforme reportado pela Folha de S. Paulo.

      As críticas de Obama, em um evento no Hamilton College, em Nova York, foram dirigidas ao que ele descreveu como uma série de ações do governo Trump que colocam em xeque pilares básicos da democracia americana: repressão a imigrantes, perseguição a dissidentes, retaliação a veículos de imprensa e intervenções no sistema judiciário. Mas foi o cerco às universidades que mais despertou sua preocupação. “Estou profundamente preocupado com um governo federal que ameaça as universidades se elas não entregarem os estudantes que estão exercendo seu direito à liberdade de expressão”, declarou.

      A ofensiva contra instituições de ensino superior tem se intensificado desde o início do ano. Sob o pretexto de combater o antissemitismo, Trump retirou financiamento público de universidades da Ivy League, como Harvard, Columbia, Princeton e Universidade da Pensilvânia. A justificativa oficial é de que essas instituições teriam sido coniventes com protestos pró-Palestina em seus campi.

      Obama também questionou o duplo padrão aplicado a sua gestão e à de Trump. “Imagine se eu tivesse feito tudo isso”, ironizou, criticando a omissão dos republicanos diante das atitudes do atual presidente. “É inimaginável que os mesmos partidos que estão calados agora teriam tolerado um comportamento como esse de mim ou de vários de meus antecessores.”

      Em outra frente, Kamala Harris reforçou o alerta. Para ela, a volta de Trump à Casa Branca instaurou um clima de intimidação generalizada. “Estamos vendo as organizações ficarem quietas. Estamos vendo aqueles que estão capitulando diante de ameaças claramente inconstitucionais”, afirmou, por vídeo, na conferência Leading Women Defined Summit. “Isso, compreensivelmente, cria uma grande sensação de medo.”

      A ex-vice, que perdeu a disputa presidencial para Trump em 2024, evitou o tom de revanche, mas não resistiu à provocação: “Não estou aqui para dizer que eu avisei”, disse, arrancando risadas da plateia.

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