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Ocidente repete erros históricos ao desafiar a Rússia, afirma Lavrov

Ministro russo prevê fracasso de nova coalizão liderada pelos EUA em apoio à Ucrânia, comparando situação às derrotas de Napoleão e Hitler

Chanceler russo, Sergey Lavrov, participa de reunião do G20 no Rio de Janeiro 21/02/2024 (Foto: REUTERS/Ricardo Moraes)

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247 - Em um discurso incisivo durante a 16ª Assembleia do Mundo Russo, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, alertou que a atual aliança do Ocidente, liderada pelos Estados Unidos para apoiar a Ucrânia contra a Rússia, tende a fracassar. Lavrov comparou a postura ocidental atual a campanhas militares históricas, como as de Napoleão Bonaparte e Adolf Hitler, que tentaram, sem sucesso, subjugar a Rússia em confrontos anteriores, destaca a Sputnik Brasil.

O Ocidente, segundo Lavrov, tem se unido em um esforço de apoio militar e logístico à Ucrânia, com o objetivo declarado de infligir uma derrota estratégica à Rússia no campo de batalha. O ministro foi enfático ao lembrar que este cenário já ocorreu em outros momentos da história: "A maioria dos países europeus também estava representada no Exército de Napoleão, a maioria dos países europeus estava representada no Exército de Hitler. [...] Sabemos muito bem como isso terminou".

O contexto atual, segundo Lavrov, revela uma Ucrânia em retirada progressiva em quase toda a linha de frente, enquanto a Rússia mantém avanços e controle de territórios estratégicos. A insistência da Ucrânia, apoiada pelo Ocidente, em romper sucessivos acordos, seria uma estratégia contraproducente que tem contribuído para a perda de áreas sob o controle ucraniano, destacou o ministro. Lavrov também relembrou acordos anteriores que poderiam ter mantido a Crimeia e a região de Donbass sob domínio ucraniano caso fossem respeitados. Para ele, a atual "cruzada" ocidental reflete, em essência, uma continuação do que ele enxerga como "um ciclo fracassado" de tentativas externas de subjugar a Rússia.

Um paralelo com as cruzadas históricas - Lavrov fez uma analogia com as Cruzadas, um período de campanhas militares de cunho religioso, promovidas pela Igreja Católica e reinos da Europa Ocidental entre os séculos XI e XV, em oposição a muçulmanos, pagãos e outros considerados "hereges" pela Igreja. Ele argumenta que, assim como essas campanhas fracassaram ao tentar impor domínios externos, a nova coalizão liderada pelos EUA teria o mesmo destino ao buscar limitar o poder da Rússia.

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