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    Orban busca trégua e troca de prisioneiros entre Rússia e Ucrânia até o Natal Ortodoxo

    Primeiro-ministro húngaro afirma ter convencido Putin a considerar proposta de cessar-fogo e troca de prisioneiros, mas enfrenta resistência de Kiev

    Víktor Orbán, premiê da Hungrtia (Foto: Reuters)
    Redação Brasil 247 avatar
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    Tass – Em declaração reproduzida originalmente pela agência russa TASS, o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, manifestou esperança de que a Rússia e a Ucrânia cheguem a um acordo de cessar-fogo e a uma ampla troca de prisioneiros até o Natal Ortodoxo, celebrado em 7 de janeiro. A entrevista foi concedida ao programa da rádio pública Kossuth, na Hungria. Embora Orbán reconheça a dificuldade de um acerto ainda antes do Natal católico, em 25 de dezembro, o premiê acredita que a nova data-limite poderia abrir caminho para o retorno de centenas de detidos aos seus lares.

    “Portanto, tentarei fazer isso acontecer até o Natal Ortodoxo”, disse o primeiro-ministro, que afirma já ter apresentado a proposta a Moscou e Kiev. Segundo ele, se houver um entendimento, o volume de prisioneiros a serem trocados pode chegar a 700, 800 ou até 1.000 pessoas. “Cerca de mil pessoas poderiam voltar para casa e se reunir com suas famílias em apenas dois ou três dias”, enfatizou Orbán.

    O primeiro-ministro ressaltou que se compromete a seguir trabalhando para tornar a ideia realidade. Orbán relatou ter “convencido o presidente russo”, Vladimir Putin, a avaliar a iniciativa de cessar-fogo e troca de prisioneiros durante uma conversa telefônica em 11 de dezembro. No entanto, a Ucrânia rejeitou a proposta no mesmo dia. “Acho que, se eles se sentarem e considerarem essa proposta, podem facilmente mudar de posição”, declarou Orbán, referindo-se ao governo em Kiev.

    Reação de Moscou e Kiev
    A Rússia reagiu prontamente. Logo após o diálogo entre Orbán e Putin, o Serviço Federal de Segurança (FSB) russo entregou formalmente a sugestão de intercâmbio de prisioneiros à embaixada húngara em Moscou. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, destacou que a Rússia apoia os esforços do primeiro-ministro húngaro para encontrar uma solução pacífica ao conflito e lidar com questões humanitárias, como a situação dos prisioneiros.

    No mesmo dia, Orbán tentou falar por telefone com o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, para apresentar a proposta de forma direta. Contudo, Zelensky recusou o diálogo, atitude que o ministro das Relações Exteriores da Hungria, Peter Szijjarto, classificou como “um movimento diplomático totalmente sem precedentes”.

    Durante uma grande coletiva de imprensa em Moscou, em 19 de dezembro, Putin revisou a sugestão húngara. Ele afirmou que, anteriormente, a Rússia já havia aceitado medidas semelhantes em três ocasiões, incluindo questões ligadas à navegação no Mar Negro e à proteção de infraestrutura energética. Entretanto, de acordo com o líder russo, o governo de Kiev recusou tanto as negociações quanto uma trégua, o que dificulta qualquer avanço no curto prazo. “Como de costume, concordei com a proposta de Orbán, enquanto Zelensky a rejeitou”, disse Putin.

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