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    Palestinos condenam projeto de lei israelense contra agência da ONU

    Parlamento sionista tachou de “terrorista” agência da |ONU de proteção aos palestinos

    UNRWA em Gaza (Foto: Reuters)

    Prensa Latina - As autoridades palestinas condenaram nesta terça-feira (23) a decisão do Parlamento israelense de aprovar em primeira leitura um projeto de lei que declara terrorista a agência da ONU encarregada de ajudar a população dos territórios ocupados.

    A Chancelaria denunciou em comunicado o novo ataque israelense contra o Organismo de Obras Públicas e Socorro das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina no Oriente Médio (UNRWA).

    A decisão busca, na realidade, “liquidar a questão dos refugiados palestinos e seu direito inerente ao retorno” às suas terras, afirmou o Ministério das Relações Exteriores.

    Além disso, criticou a campanha sistemática contra a UNRWA desde o início do novo ciclo de violência, em 7 de outubro do ano passado, que incluiu ataques contra seus funcionários, seus edifícios na Faixa de Gaza e suas caravanas com ajuda humanitária.

    Em várias ocasiões, funcionários do governo de Benjamin Netanyahu acusaram essa agência de cumplicidade com o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) no enclave costeiro, o que foi desmentido por ambas as partes.

    Esse país afirma, embora sem apresentar provas, que muitos trabalhadores da instituição pertencem às milícias palestinas, que usam suas instalações como centros de comando e refúgio.

    Por sua vez, o secretário do Comitê Executivo da Organização para a Libertação da Palestina, Hussein Al-Sheikh, afirmou que a votação da Knesset (legislativo) demonstra o desprezo do regime de Tel Aviv pela comunidade internacional e suas organizações.

    Também o presidente do Conselho Nacional Palestino, Rawhi Fattouh, condenou a medida, aprovada na véspera.

    “Esta ocupação terrorista (Israel) racista e anárquica, que cometeu todo tipo de crimes: roubo, genocídio, confisco de terras e queima de crianças, deve ser responsabilizada”, considerou.

    Fattouh classificou a decisão como perigosa e advertiu sobre suas dimensões políticas ao apontar que tem como objetivo eliminar as organizações internacionais que apoiam os palestinos.

    Netanyahu está explorando a declaração de um estado de guerra para aprovar leis racistas destinadas ao genocídio, à limpeza étnica e ao deslocamento forçado contra nosso povo palestino, denunciou.

    Enquanto isso, o movimento governamental Fatah afirmou que “as ações e decisões ilegais do regime de ocupação são um desafio flagrante ao direito internacional.”

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