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    Pelo menos 300 soldados norte-coreanos já morreram na Ucrânia, diz Coreia do Sul

    Estimativas indicam que o número de baixas nas forças norte-coreanas ultrapassou 3 mil, incluindo cerca de 300 mortos e 2,7 mil feridos

    Soldados participam de desfile militar para comemorar o 70º aniversário do armistício da Guerra da Coreia em Pyongyang, Coreia do Norte (Foto: KCNA via Reuters)
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    RFI - Cerca de 300 soldados norte-coreanos enviados pelo regime em apoio à Rússia na guerra contra a Ucrânia já morreram nos combates. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (13) pelo deputado sul-coreano Lee Seong-kwe, que integra o Comitê de Inteligência do país. Ucrânia, Estados Unidos e Coreia do Sul acusam Pyongyang de enviar mais de 10 mil soldados para ajudar as tropas russas.

    "As estimativas indicam que o número de baixas nas forças norte-coreanas ultrapassou 3.000, incluindo cerca de 300 mortos e 2.700 feridos", disse Seong-kwe à imprensa.

    Segundo o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, quase 3.000 soldados norte-coreanos foram "mortos ou feridos" no local. Mas, de acordo com o serviço de inteligência do país, esse número não ultrapassa mil soldados.

    "Notas encontradas com os soldados mortos mostram que as autoridades norte-coreanas os pressionaram para cometer suicídio”. Segundo o deputado sul-coreano, o regime de Pyongyang orientou os soldados a “se explodirem” antes da captura.   

    O suposto envolvimento de militares estrangeiros na invasão da Ucrânia, lançada há quase três anos pelo presidente russo, Vladimir Putin, é visto com preocupação pela comunidade internacional. O conflito agora entra em uma fase crítica com o retorno de Donald Trump à Casa Branca, em 20 de janeiro.

    Trump pode tentar retomar diálogo com a Coreia do Norte - Trump disse que poderia resolver o conflito em "24 horas", mas nunca explicou como o faria. Na quinta-feira, o presidente eleito disse que estava organizando uma reunião com Putin para "colocar um fim" à guerra.

    De acordo com o deputado sul-coreano, Donald Trump "poderia pressionar mais uma vez pelo diálogo" com a Coreia do Norte. O magnata se encontrou com o líder Kim Jong-un em 2018, durante seu primeiro mandato.

    Moscou e Pyongyang não confirmaram oficialmente que tropas norte-coreanas foram enviadas para combater as forças ucranianas.  

    De acordo com Lee Seong-kweun, depoimentos revelam que o regime norte-coreano prometeu aos soldados que eles se filiariam ao Partido dos Trabalhadores, de Kim Jong-un ou "se beneficiariam de uma anistia", em troca do engajamento militar.

    Ucrânia propõe troca de soldados - "A Ucrânia está pronta para entregar seus soldados a Kim Jong-un em troca de nossos combatentes detidos na Rússia", escreveu Zelensky em sua conta X no domingo.   

    Zelensky anunciou neste sábado (11) que dois soldados norte-coreanos estão presos e foram interrogados em Kiev. Eles foram capturados e feridos na região russa de Kursk, onde as forças ucranianas ocuparam várias áreas desde agosto passado.

    "Não podemos comentar sobre isso de forma alguma", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov. "Continuamos a discutir as possibilidades de troca de soldados o que não é uma tarefa fácil, mas para nós, a vida de cada soldado russo é importante", acrescentou Peskov.   

    A Rússia e a Ucrânia anunciaram em 30 de dezembro que realizaram uma nova troca envolvendo mais de 300 prisioneiros, às vésperas da véspera de Ano Novo, mediada pelos Emirados Árabes Unidos.     

    Moscou e Kiev trocaram centenas de prisioneiros desde o início da ofensiva russa em fevereiro de 2022 e trocam regularmente os restos mortais de soldados mortos nos combates.

    Soldados norte-coreanos não sabiam onde estavam sendo enviados - O serviço de inteligência ucraniano SBU divulgou um vídeo no sábado mostrando os dois prisioneiros norte-coreanos em beliches hospitalares com bandagens, uma nas mãos e outra nas mandíbulas.

    Um dos dois soldados revelou durante o interrogatório que havia recebido treinamento militar das forças russas após sua chegada em novembro, segundo o serviço de inteligência sul-coreano.

    "No início, ele pensou que estava sendo enviado para um treinamento, depois percebeu em sua chegada à Rússia que havia sido enviado" para o front de guerra".

    A Rússia e a Coreia do Norte estreitaram seus laços militares desde a invasão da Ucrânia. Os dois países têm um pacto de defesa mútua, ratificado em novembro.

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