Primeira congressista trans eleita nos EUA, Sarah McBride é proibida de usar banheiro feminino

247 - O presidente da Câmara dos Estados Unidos, Mike Johnson, ditou uma nova regra no Capitólio, proibindo a democrata Sarah McBride, eleita por Delaware e funcionários transgêneros de usarem os banheiros femininos do local. Primeira mulher trans eleita para uma cadeira no Congresso dos EUA, Sarah terá que usar o banheiro destinado aos homens, a partir de janeiro, quando será a posse dos parlamentares.

De acordo com o blog da Sandra Cohen, a republicana Nancy Mace foi uma das principais parlamentares favoráveis à proposta. “As mulheres merecem espaços só para mulheres. E não somos 'anti ninguém', somos pró-mulheres”, disse Johnson.  "Ele é um homem. Ele é um macho biológico”, afirmou Nancy referindo-se a Sarah.

Aproximadamente 2,6 milhões de pessoas (cerca de 1,03% da população adulta norte-americana) se identificam como transgêneros, mostrou um levantamento do Household Pulse Survey, citado pelo site US FACTS.

No Brasil, cerca de 3 milhões de pessoas (2% da população adulta, aproximadamente) se identificaram como transgênero ou não-binárias. Foi o que apontou uma pesquisa feita pela Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade Estadual Paulista (FMB/Unesp).

As palavras "transgênero" e "transexual" podem ser usadas para identidades masculinas e femininas. São pessoas que nasceram com um sexo, mas se identificam com o sexo oposto. A palavra "transexual" é usada para designar alteração genital, transição de gênero. Por consequência, o termo passou a dar lugar a "transgênero".

A palavra "travesti" é utilizada apenas para pessoas trans com identidades femininas (nasceram homens, mas se identificam como mulheres). Não existe mudança de órgãos genitais. Ao usar artigos ou pronomes, o correto é "ela" ou "a travesti".

Pessoas não-binárias possuem uma identidade de gênero que não se enquadra no binarismo homem-mulher. Nem todas as pessoas não-binárias são transgênero, passam necessariamente por alteração genital.