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    Putin diz que Rússia apoia Kamala Harris e elogia risada da democrata "contagiante"

    Antes de o presidente norte-americano Joe Biden se retirar da disputa, Putin havia dito no início deste ano que preferia o democrata a Trump

    Presidente russo Vladimir Putin (Foto: Sputnik/Sergei Savostyanov/Pool via REUTERS)

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    VLADIVOSTOK, RÚSSIA (Reuters) - A Rússia quer que Kamala Harris vença a eleição presidencial dos EUA, disse o presidente Vladimir Putin nesta quinta-feira, em um comentário provocador que citou a risada "contagiante" da democrata como motivo para preferi-la a Donald Trump.

    Putin fez o comentário irônico um dia depois que o Departamento de Justiça dos EUA acusou dois executivos da mídia russa por um suposto esquema ilegal para influenciar a eleição de novembro com propaganda pró-Rússia.

    Antes de o presidente norte-americano Joe Biden se retirar da disputa, Putin havia dito no início deste ano -- em outro comentário amplamente visto como irônico -- que preferia Biden a Trump porque o primeiro era um político da "velha guarda" mais previsível.

    As agências de inteligência dos EUA acreditam que Moscou, na verdade, quer que Trump vença porque ele está menos comprometido em apoiar a Ucrânia na guerra contra a Rússia.

    Perguntado sobre como ele via a eleição agora, Putin disse em um fórum econômico no extremo leste da Rússia que essa é uma escolha do povo norte-americano.

    Mas ele acrescentou que, como Biden recomendou que seus partidários apoiassem Kamala, "nós faremos o mesmo, nós a apoiaremos".

    Putin e o moderador estavam sorrindo quando ele fez a observação, que arrancou aplausos da plateia.

    Expandindo sua opinião sobre Harris, Putin disse: "Ela ri de forma tão expressiva e contagiante que isso significa que está tudo bem com ela".

    Ele acrescentou que talvez isso significasse que ela se absteria de novas sanções contra a Rússia. Por outro lado, Putin disse que Trump, como presidente, havia introduzido mais sanções contra a Rússia do que qualquer outra pessoa na Casa Branca antes dele.

    "Em última análise, a escolha cabe ao povo norte-americano, e nós respeitaremos essa escolha", concluiu o líder do Kremlin.

    Os serviços de inteligência dos EUA determinaram que a Rússia realizou uma campanha de desinformação para impulsionar a campanha de Trump contra Hillary Clinton na eleição de 2016 e procurou prejudicar a de Hillary.

    O Kremlin tem negado repetidamente que interferiu nas eleições dos EUA, embora o falecido empresário russo Yevgeny Prigozhin, que fundou o grupo mercenário Wagner e foi acusado pelos EUA de administrar as "fazendas de trolls" russas, tenha se gabado em 2022: "Nós interferimos, estamos interferindo e continuaremos a interferir".

    Na quarta-feira, o Departamento de Justiça dos EUA apresentou acusações de lavagem de dinheiro contra dois funcionários da emissora estatal russa RT pelo que foi descrito como um esquema para contratar uma empresa dos EUA para produzir conteúdo online para influenciar a eleição deste ano.

    Moscou visará a mídia dos EUA em resposta, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, nesta quinta-feira.

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