Putin não descarta uso de novo míssil supersônico contra a Ucrânia: “não temos pressa”
O presidente reforçou que a Rússia busca "pôr fim ao conflito" de maneira definitiva, e não apenas interromper temporariamente as hostilidades
247 - Em uma conferência de imprensa realizada em São Petersburgo, o presidente russo Vladimir Putin abordou uma série de questões militares e diplomáticas, incluindo a possibilidade do uso de armas mais poderosas no conflito com a Ucrânia, informa o Corriere della Sera. Durante sua fala, Putin destacou que, se for necessário, a Rússia pode recorrer aos mísseis hipersônicos Oreshnik, mas esclareceu: "não temos pressa". A declaração veio após uma reunião do Conselho Econômico Supremo Eurasiático, onde o presidente também reafirmou a postura da Rússia em relação aos ataques no seu território.
A possibilidade de uso de armas de médio alcance foi levantada por Putin, que explicou que a Rússia "sempre responde de forma especular" aos ataques em seu território. "Eles usam certas armas contra nós, nós usamos as mesmas", afirmou o líder do Kremlin. No entanto, Putin garantiu que a Rússia não tem pressa para intensificar sua ofensiva com novos mísseis e que qualquer decisão sobre o uso de armamentos mais poderosos será tomada com base nas necessidades estratégicas do momento.
Em relação ao andamento da guerra, Putin reafirmou o compromisso da Rússia em continuar alcançando seus objetivos militares, projetando que os sucessos no campo de batalha continuarão em 2025. "Nosso objetivo número um é completar todas as tarefas da operação militar especial", afirmou, enquanto destacou que se mantém informado sobre a situação no front "dia e noite". A guerra, de acordo com o presidente russo, não é um conflito a ser "congelado", como sugerido por algumas figuras políticas internacionais, incluindo o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em resposta, Putin reforçou que a Rússia busca "pôr fim ao conflito" de maneira definitiva, e não apenas interromper temporariamente as hostilidades.
Putin também comentou sobre as tentativas de diálogo de alguns países europeus e destacou que a Rússia está aberta a negociações, mas que a iniciativa deve partir da Ucrânia. "Estamos tentando colocar fim ao conflito", disse o presidente russo, deixando claro que as condições para qualquer acordo de paz devem ser discutidas diretamente entre os envolvidos, com a plena consideração da soberania da Rússia e da Ucrânia.
Enquanto isso, o presidente russo se mostrou receptivo à ideia da Eslováquia de oferecer uma plataforma de negociações para o fim da guerra, com o líder eslovaco Robert Fico sendo recebido recentemente no Kremlin. "Se a Eslováquia deseja mediar, estamos abertos a isso", afirmou Putin, deixando claro que a Rússia continuará suas operações, mas sem abrir mão de seus interesses estratégicos.
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