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    Putin pede que Oriente Médio recue de um confronto catastrófico

    Presidente russo afirmou que a principal causa da instabilidade na região é o conflito não resolvido entre palestinos e Israel

    Presidente da Rússia, Vladimir Putin (Foto: Sputnik/Gavriil Grigorov)

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    MOSCOU/DUBAI (Reuters) - O presidente russo, Vladimir Putin, fez um apelo nesta terça-feira para que todos os lados no Oriente Médio evitem ações que possam provocar um novo confronto que, segundo ele, teria consequências catastróficas para a região, segundo o Kremlin.

    Putin, que estreitou as relações com o Irã desde que enviou tropas à Ucrânia em 2022, conversou por telefone com o presidente iraniano, Ebrahim Raisi, sobre o que o Kremlin chamou de "medidas retaliatórias tomadas pelo Irã".

    O Irã lançou drones e mísseis contra Israel na noite de sábado, em retaliação a um ataque israelense contra seu consulado em Damasco em 1º de abril que matou sete oficiais da Guarda Revolucionária Islâmica, incluindo dois comandantes seniores.

    Nos primeiros comentários divulgados ao público sobre o ataque do Irã, Putin afirmou que a principal causa da instabilidade no Oriente Médio é o conflito não resolvido entre palestinos e Israel.

    "Vladimir Putin expressou esperança de que todos os lados demonstrem contenção razoável e evitem uma nova rodada de confrontos com consequências catastróficas para toda a região", disse o Kremlin.

    "Ebrahim Raisi mencionou que as ações do Irã foram forçadas e limitadas em natureza", disse o Kremlin. "Ao mesmo tempo, sublinhou a falta de interesse de Teerã em uma nova escalada das tensões."

    Teerã forneceu interpretação um pouco diferente da conversa. A imprensa estatal citou Raisi dizendo que o Irã responderá de maneira mais severa, extensa e dolorosa do que nunca a qualquer ação contra interesses iranianos.

    Segundo a imprensa estatal iraniana, Putin teria caracterizado a resposta de Teerã a Israel como a melhor maneira de punir o agressor e uma manifestação de sabedoria dos líderes do Irã.

    A Rússia, que tem relações próximas com o líder supremo aiatolá Ali Khamenei e líderes árabes, como o príncipe saudita Mohammed bin Salman, repreendeu repetidas vezes o Ocidente por ignorar a necessidade de um Estado independente palestino dentro das fronteiras de 1967.

    "Os dois lados afirmaram que a causa principal dos atuais eventos no Oriente Médio é o conflito não resolvido entre palestinos e israelenses", disse o Kremlin, sobre a ligação com Raisi.

    "Nesse sentido, foram confirmadas as abordagens de Rússia e Irã a favor de um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza, o alívio da difícil situação humanitária e a criação de condições para uma resolução política e diplomática para a crise."

    Generais de alta patente dos EUA dizem que a parceria cada vez maior entre Rússia, China, Irã e Coreia do Norte representa um dos desafios mais perigosos aos Estados Unidos nas últimas quatro décadas.

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