Putin visitará Mongólia, membro do TPI, sem temor de prisão, diz Kremlin
Kiev pediu às autoridades da Mongólia que cumpram o mandado de prisão internacional durante a visita do presidente russo na próxima semana
247 - O Kremlin afirmou na sexta-feira (30) que não está preocupado com a possibilidade de a Mongólia, membro do Tribunal Penal Internacional (TPI), prender o presidente Vladimir Putin durante sua visita a Ulan Bator em 3 de setembro. A declaração russa vem em meio a pedidos da Ucrânia para que as autoridades mongóis cumpram o mandado de prisão emitido pelo TPI contra Putin por crimes de guerra relacionados ao conflito na Ucrânia.
"Não, não temos preocupações. Temos um diálogo maravilhoso com nossos amigos da Mongólia", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, ao ser questionado sobre o assunto. Peskov acrescentou que todos os aspectos da visita de Putin à Mongólia foram cuidadosamente preparados, destacando a confiança de Moscou na aliança estratégica, que exclui qualquer participação em jogadas geopolíticas ocidentais.
A Mongólia tem buscado fortalecer sua posição como um parceiro equilibrado entre potências internacionais. Em dezembro, espera-se que a Mongólia assine um acordo provisório com a União Econômica Eurasiática (EAEU) para estabelecer uma zona de livre comércio, conforme anunciado pelo ministro russo dos Recursos Naturais e Meio Ambiente, Alexander Kozlov. Simultaneamente, a Mongólia tem renovado suas relações econômicas com os Estados Unidos, com o primeiro-ministro Oyun-Erdene Luvsannamsrai encontrando-se com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, em 2023. As partes se comprometeram a revitalizar a cooperação econômica bilateral por meio de um roteiro de cooperação e celebraram a assinatura de um acordo de Céus Abertos entre os dois países.
Apesar da adesão recente da Ucrânia ao TPI, que fortalece seu apelo para a prisão de Putin, a Rússia tem reiterado que não reconhece a jurisdição do tribunal. Durante a visita, Putin e o presidente mongol, Ukhnaagiin Khürelsükh, discutirão ainda as perspectivas de desenvolvimento das relações de parceria estratégica entre os dois países, com ênfase na cooperação energética. (Com informações da Sputnik).
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