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    Relação entre China e Rússia se tornou ainda mais sólida após a guerra na Ucrânia

    Vladimir Putin e Xi Jinping têm tido encontros cada vez mais frequentes

    (Foto: Xinhua/Ju Peng)

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    247 – Desde a invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022, a relação entre China e Rússia se intensificou significativamente, aponta reportagem da BBC. A visita do presidente russo, Vladimir Putin, à China em maio de 2024, a segunda em sete meses, reflete essa proximidade. Durante sua visita de dois dias a Pequim, Putin se reuniu com o presidente chinês, Xi Jinping, marcando o quarto encontro entre os líderes desde o início do conflito.

    No contexto das sanções impostas pelos Estados Unidos e outros países ocidentais, Pequim emergiu como um parceiro crucial para Moscou. Apesar das negações da China sobre o fornecimento de armas à Rússia, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, afirmou que componentes essenciais fornecidos pela China têm ajudado a Rússia a fabricar munições, tanques, veículos blindados e mísseis. Aproximadamente 70% das fresadoras e 90% dos componentes microeletrônicos importados pela Rússia são provenientes da China.

    Além disso, sanções anunciadas por Washington em maio de 2024 visaram cerca de 20 empresas chinesas e de Hong Kong, acusadas de exportar componentes para drones e ajudar Moscou a contornar sanções ocidentais. A China defende suas relações comerciais com a Rússia, afirmando que gerencia a exportação de produtos de dupla utilização conforme suas leis e regulamentos.

    O comércio bilateral entre China e Rússia atingiu um recorde de US$ 240 bilhões em 2023, com um aumento de mais de 64% em relação a 2021. As importações russas da China somaram US$ 111 bilhões, enquanto as exportações russas para o país asiático totalizaram US$ 129 bilhões. O setor de automóveis e peças sobressalentes chinesas registrou um aumento significativo nas exportações para a Rússia, totalizando US$ 23 bilhões em 2023.

    No setor energético, a China importou 107 milhões de toneladas de petróleo bruto da Rússia em 2023, superando a Arábia Saudita como principal fornecedor de petróleo bruto. A importação chinesa de gás liquefeito de petróleo (GLP) russo também cresceu 77% em relação a 2021, totalizando 8 milhões de toneladas. Ambos os países planejam expandir sua cooperação energética com a construção do gasoduto Power of Siberia 2, que transportará gás natural da Sibéria ocidental para o nordeste da China.

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