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    Rússia respalda governo "legítimo" do Talibã no Afeganistão e dá respiro econômico ao país devastado pela guerra

    Desde que assumiu o poder em agosto de 2021, o Talibã enfrenta sanções e isolamento internacional, mas Moscou busca uma abordagem diferenciada

    Bandeira do Talibã (Foto: Reuters)

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    247 - Uma delegação afegã, liderada pelo Ministro do Trabalho interino do governo Talibã, Abdul Hanan Omari, chegou nesta quarta-feira (5) a São Petersburgo para participar do Fórum Econômico Internacional (SPIEF). A embaixada do Afeganistão em Moscou confirmou a presença da delegação, contrariando relatos de que o Talibã teria recusado a participação.

    Desde que assumiu o poder em agosto de 2021, o Talibã enfrenta sanções e isolamento internacional, com muitos países e organizações cortando laços e assistência ao Afeganistão. Apesar disso, a Rússia tem mantido um diálogo aberto com o governo Talibã, que é a autoridade de facto no país. O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Andrey Rudenko, afirmou que Moscou não condiciona sua política em relação ao Afeganistão ao cumprimento das promessas do Talibã sobre a formação de um governo inclusivo.

    O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, declarou recentemente que a realidade do Talibã como a verdadeira autoridade no Afeganistão deve ser reconhecida. Ele mencionou que a Rússia está trabalhando para remover o Talibã da lista de organizações terroristas, um movimento que poderia facilitar o desenvolvimento das relações bilaterais. A proposta para a remoção do status de organização terrorista já foi enviada ao Kremlin para aprovação.

    O comércio entre Rússia e Afeganistão tem crescido significativamente, ultrapassando a marca de US$ 1 bilhão desde que o Talibã assumiu o poder. Rustam Khabibullin, chefe do centro de negócios da Rússia no Afeganistão, atribui esse crescimento à retirada das forças dos Estados Unidos e da Otan, que anteriormente impediam o desenvolvimento das relações econômicas e políticas entre os dois países. (Com informações da Sputnik). 

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