Rússia tem interesses na região do Ártico, diz Kremlin após ameaças de Trump à Groenlândia
Trump, que assume a Casa Branca em 20 de janeiro, se recusou a descartar o uso de ações militares o território dinamarquês
247 - O Kremlin declarou nesta quinta-feira (9) que a Rússia tem interesses nacionais estratégicos no Ártico, ao ser questionado sobre as declarações do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre anexar a Groenlândia, o Canadá e o Canal do Panamá.
Trump, que assume o cargo em 20 de janeiro, se recusou a descartar o uso de ações militares ou econômicas para anexar o Canal do Panamá e da Groenlândia, parte de uma agenda expansionista que ele vem promovendo desde sua vitória na eleição de 5 de novembro. O presidente eleito também sugeriu a ideia de transformar o Canadá em um estado dos EUA e prometeu mudar o nome do Golfo do México para Golfo da América.
Questionado sobre os comentários de Trump em relação à Groenlândia e ao Canadá, o Kremlin afirmou que a Rússia, que possui o maior litoral do Ártico, está acompanhando de perto o "dramático desenvolvimento" da situação.
"O Ártico é uma zona de nossos interesses nacionais, de nossos interesses estratégicos", disse Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin. "Estamos interessados em preservar a atmosfera de paz e estabilidade na zona ártica".
"Estamos observando muito de perto o desenvolvimento bastante dramático da situação, mas até agora, graças a Deus, apenas no nível de declarações."
Peskov afirmou que as tentativas dos EUA de adquirir a Groenlândia, que datam do século XIX, são uma questão entre os Estados Unidos e a Dinamarca. Ele observou que a Europa está reagindo com muita cautela às declarações de Trump.
"A Europa reage de forma muito tímida e, é claro, é assustador reagir às palavras de Trump. Por isso, a Europa reage com muita cautela, modestamente, silenciosamente, quase em um sussurro", disse Peskov.
Em maio, o presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente chinês, Xi Jinping, assinaram uma declaração conjunta estipulando que Moscou e Pequim apoiariam a preservação do Ártico como uma região de baixas tensões militares e políticas. (Com informações da Reuters).
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