Secretário-geral da ONU, Guterres condena "fortemente" ataque do Irã e cobra que Israel "respeite a soberania do Líbano"
Mais cedo, Israel declarou António Guterres “persona non grata”, acusando-o de não condenar “inequivocamente” o ataque do Irã contra seu território
247 - O Conselho de Segurança da ONU se reúne nesta quarta-feira (2) em um esforço para conter a escalada de violência no Oriente Médio, em um cenário marcado por ataques balísticos, invasões e trocas de acusações entre Irã, Israel e grupos armados no Líbano. No início da sessão, o secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou "fortemente" o ataque do Irã com mísseis ao território israelense, mas também fez um apelo para que Israel respeite "a soberania do Líbano", sem mencionar diretamente a recente invasão israelense ao território libanês.
A reunião ocorre em meio a um ambiente diplomático tenso. Pouco antes do início do encontro, Israel declarou Guterres como "persona non grata", uma classificação diplomática que impede a entrada do chefe da ONU no país. O governo israelense acusa o secretário-geral de ser "anti-Israel" e de apoiar terroristas por não condenar de forma "inequívoca" o ataque iraniano, que envolveu o lançamento de centenas de mísseis contra cidades como Tel Aviv e Jerusalém, grande parte dos quais foi interceptada pelos sistemas de defesa israelenses.
"Qualquer um que seja incapaz de condenar de maneira inequívoca o ataque hediondo do Irã contra Israel não merece pisar em solo israelense", declarou o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, em um comunicado à imprensa. A ONU, até o momento, não se pronunciou sobre a decisão israelense de banir Guterres do país.
Invasão ao Líbano
Ao mesmo tempo, o conflito segue se intensificando no campo militar. Na manhã desta quarta-feira, o Exército de Israel anunciou a morte do soldado Eitan Oster, de 22 anos, em um confronto direto com membros do Hezbollah no sul do Líbano. O jornal The Times of Israel cita a morte de sete solados israelenses.
Reação internacional
O ataque do Irã a Israel na terça-feira (1º), que envolveu o lançamento de mísseis balísticos, gerou uma forte resposta internacional. Países como os Estados Unidos, Reino Unido e França condenaram a ação iraniana, e a embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, reafirmou que qualquer ataque contra Israel terá "sérias consequências".
Por sua vez, o governo iraniano já deixou claro que qualquer retaliação por parte de Israel levará a uma resposta "subsequente e esmagadora", prometendo "grande destruição" à infraestrutura israelense. A situação permanece crítica, com o Conselho de Segurança da ONU sendo pressionado a tomar ações que possam evitar uma escalada ainda maior no conflito, que ameaça não apenas a paz regional, mas também a estabilidade global.
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