Senador republicano diz que Zelensky não está no jogo e não terá voz nas decisões sobre o futuro da Ucrânia
Senador dos Estados Unidos revela que presidente ucraniano não terá voz nas decisões sobre a guerra e que Washington busca um cessar-fogo
247 – O futuro da Ucrânia pode ser decidido sem a participação de seu próprio presidente. Essa é a visão do senador republicano do Alabama Tommy Tuberville, que declarou recentemente que Volodymyr Zelensky "não está no jogo" e que as decisões sobre o conflito dependem, na realidade, do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e do líder russo, Vladimir Putin. As declarações foram divulgadas pelo Huffington Post em uma reportagem sobre um encontro polêmico entre Trump e Zelensky na Casa Branca.
De acordo com a matéria, a reunião entre os dois líderes não apenas fracassou, como resultou em um constrangimento diplomático para Kiev. Trump teria exigido que Zelensky aceitasse um cessar-fogo e cessasse as críticas a Putin. O encontro, que tinha como objetivo a assinatura de um acordo para o desenvolvimento conjunto de recursos minerais na Ucrânia, terminou sem consenso, e a delegação ucraniana foi convidada a deixar a Casa Branca.
O senador Tuberville descreveu a reunião como "um desastre completo" e afirmou que Zelensky "precisa mudar radicalmente sua postura se quiser manter o apoio dos Estados Unidos". Segundo o parlamentar, a estratégia do presidente ucraniano tem sido percebida como inadequada e pouco eficaz. "É muito difícil ajudar alguém que não entende a própria posição no tabuleiro geopolítico", criticou o senador.
Antes da reunião, Tuberville havia aconselhado Zelensky a não se deixar levar por narrativas midiáticas e a expressar gratidão a Trump. No entanto, segundo a reportagem, o presidente ucraniano ignorou esse conselho e, ao contrário, reforçou suas críticas à Rússia. O vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance, também teria se irritado com Zelensky, chamando-o de "agitador ingrato dos democratas".
A relação entre Trump e Zelensky sempre foi conturbada, especialmente após o escândalo do impeachment do ex-presidente republicano em 2019, quando se descobriu que ele pressionou o líder ucraniano a investigar o então candidato democrata Joe Biden. Agora, com Trump novamente no poder, a postura dos Estados Unidos em relação à guerra parece estar mudando drasticamente.
Em resposta às críticas, Zelensky minimizou as declarações de Tuberville, afirmando que suas opiniões "não têm relevância" para a estratégia ucraniana. No entanto, o episódio na Casa Branca reforça o isolamento de Kiev e a crescente pressão internacional para que a Ucrânia busque uma solução negociada para o conflito.
Com o apoio ocidental cada vez mais frágil, a permanência de Zelensky no poder e sua capacidade de influenciar o desfecho da guerra são questões que permanecem em aberto.
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