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      Truculência de Trump revela fragilidade dos Estados Unidos, diz Paulo Nogueira Batista Júnior

      Episódio com Zelensky aponta que países da periferia não devem ser satélites dos Estados Unidos

      Paulo Nogueira Batista Jr. fala durante evento promovido pela TV 247, TV Conjur e Prerrogativas, com oferecimento de Vallya e Cerrado Asset, 4 de setembro de 2024, Brasília-DF (Foto: Reprodução/YouTube/TV 247/TV Conjur)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 – O recente embate entre Donald Trump, seu vice-presidente e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, ocorrido na Casa Branca, gerou repercussão global e foi comparado a momentos históricos de intimidação diplomática. A análise foi feita pelo economista Paulo Nogueira Batista Júnior em seu canal no YouTube, onde ele classificou o episódio como um "desastre" para a imagem dos Estados Unidos e uma demonstração clara da abordagem truculenta do governo Trump.

      A gravidade da situação foi tamanha que Batista Júnior comparou o tratamento dispensado por Trump a Zelensky às ações de Adolf Hitler antes da anexação da Áustria e da Checoslováquia pela Alemanha nazista. "Nunca vi nada parecido na minha vida inteira", afirmou, destacando que o episódio foi uma humilhação pública ao presidente ucraniano e também um alerta para os aliados europeus dos EUA.

      O primeiro-ministro britânico havia visitado a Casa Branca poucos dias antes e também foi tratado com desrespeito por Trump, ainda que de forma menos hostil. Para Batista Júnior, esse comportamento reforça a ideia de que "não vale a pena ser aliado dos Estados Unidos". Ele citou a famosa frase atribuída a Henry Kissinger: "É perigoso ser inimigo dos Estados Unidos, mas pode ser fatal ser seu amigo". Esse tipo de conduta tem levado à reflexão sobre a confiabilidade da liderança norte-americana entre seus próprios aliados.

      O impacto negativo da truculência de Trump não se restringe à diplomacia, mas afeta diretamente a estratégia global dos Estados Unidos. "Trump fala alto e carrega um porrete duvidoso", criticou Batista Júnior, fazendo referência à frase do ex-presidente Theodore Roosevelt, que dizia ser necessário "falar suavemente e carregar um grande porrete". No entanto, segundo a análise, Trump adota a postura oposta: agressivo no discurso e cada vez mais limitado em sua capacidade de influência global.

      Outro ponto levantado é o enfraquecimento da posição norte-americana em relação às potências rivais. Os Estados Unidos enfrentam desafios simultâneos com a China, a Rússia e agora até mesmo com a Europa. "Eles não estão numa posição comparável à que tinham 10 ou 15 anos atrás", observou. A falta de diplomacia de Trump pode estar isolando ainda mais os EUA, em vez de "torná-los grandes novamente".

      O episódio também levanta um alerta para países como o Brasil, que historicamente sofrem influência direta da política externa americana. "Ficou evidente que não se deve nunca se colocar na posição de satélite ou dependente de outra potência, especialmente do imperialismo americano", pontuou o economista.

      No atual contexto, a truculência de Trump não apenas prejudica sua própria imagem e a dos Estados Unidos, mas também acelera um processo de desconfiança entre seus aliados. Se continuar nessa direção, seu governo pode contribuir para um novo equilíbrio geopolítico global, onde a dependência dos EUA como líder mundial se torne cada vez mais questionada. Confira:

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