“Com Trump, o véu do imperialismo caiu", diz Paulo Nogueira Batista Júnior
Economista afirma que ainda é cedo para saber se o presidente Lula será alvo do Império
247 – Em entrevista concedida ao jornalista Leonardo Attuch, na TV 247, o economista Paulo Nogueira Batista Júnior analisou o impacto do governo de Donald Trump nos Estados Unidos e as repercussões globais de sua postura política. Segundo Batista Júnior, Trump desempenhou um papel de ruptura em relação ao discurso tradicional dos Estados Unidos no cenário internacional. “O véu do imperialismo caiu. Trump não acredita na hipocrisia. Ele afirma o poder do Império sem disfarces”, afirmou o economista, destacando a franqueza do ex-presidente como uma característica que, ao mesmo tempo em que expõe as ambições imperiais, também gera maior resistência global.
Ao comparar Trump com outros líderes americanos, Batista Júnior observou que sua posse pode ser equiparada à de Ronald Reagan, no início dos anos 1980. “Reagan conseguiu reverter o declínio do Império e produzir o colapso da União Soviética. Mas hoje o desafio é muito maior. Os Estados Unidos enfrentam Rússia e China ao mesmo tempo”, pontuou. Segundo o economista, a grande questão que permanece em aberto é se Trump teria capacidade de reverter o enfraquecimento do Império americano em um contexto tão adverso.
O economista também analisou a psicologia que permeia a sociedade americana e o impacto das mudanças geopolíticas sobre ela. “Os americanos têm a psicologia muito arraigada de serem o número um. Eles não são mais o número um”, disse Batista Júnior, referindo-se ao avanço de potências como a China e a Rússia.
Sobre as implicações para a América do Sul e, especificamente, para o Brasil, o economista destacou que a pouca atenção dada à região pode ser benéfica. “É importante que ele dê pouca atenção à América do Sul. Quanto menos atenção eles derem à nossa região, melhor”, afirmou, sugerindo que o foco americano em disputas com outras potências pode abrir espaço para uma maior autonomia regional.
Por fim, Batista Júnior avaliou que ainda é cedo para determinar se o presidente Lula será alvo direto das ações do Império americano. “É difícil saber se o Brasil e o presidente Lula serão alvos do Império. Eles têm muitas agendas”, concluiu.
A análise de Paulo Nogueira Batista Júnior reforça a necessidade de acompanhar de perto os desdobramentos da política externa americana e seu impacto no mundo, especialmente em tempos de tensão geopolítica acirrada. Assista:
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