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Sob protestos no Congresso dos EUA, Netanyahu nega ser genocida e diz que buscam "demonizar" Israel

Premiê de Israel também disse que Tel Aviv deve manter o controle de segurança em Gaza num futuro próximo

O presidente da Câmara dos EUA, Mike Johnson (R-LA), e o presidente da comissão de relações exteriores do Senado, senador Ben Cardin (D-MD), ouvem o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, discursar em uma reunião conjunta do Congresso no Capitólio dos EUA, em Washington, EUA, em 24 de julho de 2024 (Foto: REUTERS/Craig Hudson)

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247 - O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, proferiu, nesta quarta-feira (24), um discurso no Congresso dos Estados Unidos, principal aliado do Estado judeu, em que negou fortemente as acusações de cometer um genocídio contra o povo palestino da Faixa de Gaza. 

“As calúnias ultrajantes que pintam Israel como racista e genocida têm como objetivo deslegitimar Israel, demonizar o Estado judeu e demonizar os judeus em todos os lugares”, disse Netanyahu, comparando o que chamou de “acusações selvagens” ao tipo de mentiras antissemitas que levaram ao Holocausto na Segunda Guerra Mundial. As declarações foram citadas pela CNN. 

Netanyahu também disse durante seu discurso na sessão conjunta do Congresso dos EUA que Israel deve manter o controle de segurança em Gaza num futuro próximo, rejeitando a declaração de Beijing firmada por 14 facções palestinas para formar um governo de unidade nacional palestina. 

“Israel não pretende reassentar Gaza, mas num futuro próximo devemos manter o controle de segurança superior para evitar o ressurgimento do terror, para garantir que Gaza nunca mais represente uma ameaça para Israel”, disse Netanyahu.

Ele disse ainda que se a Corte Internacional de Justiça (CIJ) amarrar as mãos de Israel, as mãos dos Estados Unidos serão as próximas. Israel está violando as recentes decisões da CIJ, segundo as quais tem de prevenir um genocídio e garantir o fluxo de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza.

"Quero agradecer a todos vocês aqui hoje que se opuseram com firmeza às falsas acusações da CIJ e defenderam a verdade. Essas mentiras não são apenas calúnias, são extremamente perigosas. A CIJ está tentando algemar as mãos de Israel e nos impedir de nos defender, e se as mãos de Israel forem amarradas, os Estados Unidos serão os próximos," disse Netanyahu.

Esperava-se que aproximadamente 80 legisladores democratas na Câmara dos Representantes e pelo menos seis no Senado faltaram ao discurso do primeiro-ministro, informou a CNN nesta quarta-feira, citando declarações públicas e fontes não identificadas.

Além disso, milhares de manifestantes pró-Palestina protestaram em Washington D.C. horas antes de Netanyahu fazer seu discurso no Congresso dos EUA, informou um correspondente do Sputnik nesta quarta-feira.

Os Estados Unidos fornecem cerca de 69% das armas de Israel.

De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, foram confirmadas mais de 39 mil pessoas mortas e mais de 90 mil feridas nos dez meses de ataques de Israel no enclave palestino sitiado.

No entanto, a revista The Lancet publicou recentemente uma estimativa de que o número de mortos pode aumentar para mais de 186 mil pessoas, ou cerca de 8% da população de Gaza antes da guerra, de 2,3 milhões.

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