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    Soldados israelenses se mobilizam e EUA detectam sinais de invasão iminente ao Líbano

    Israel estaria prestes a expandir o conflito de forma definitiva

    Bandeiras do Hezbollah e de Israel (Foto: REUTERS/Dado Ruvic/Ilustração)

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    247 - Os Estados Unidos detectaram sinais de que Israel está se preparando para uma invasão militar no Líbano, informou a CNN neste sábado (28), citando uma fonte de alto escalão da administração do presidente Joe Biden e outro oficial norte-americano. No entanto, o possível momento de tal operação não foi indicado.

    A avaliação de Washington é baseada na mobilização de soldados israelenses e na desocupação de territórios como parte dos possíveis preparativos para o lançamento de uma ofensiva terrestre, observou o canal.

    A ABC News informou anteriormente que Israel estava se preparando para uma operação terrestre limitada no Líbano, citando um funcionário anônimo da administração dos EUA.

    Ao mesmo tempo, o Wall Street Journal, citando um alto funcionário israelense que preferiu não ser identificado, informou neste sábado que Israel espera que o assassinato do secretário-geral do movimento libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, permita ao país evitar uma operação terrestre no Líbano.

    Segundo a publicação, Israel acreditava que a morte de Nasrallah "degradaria significativamente" o Hezbollah, eliminando a necessidade de uma invasão terrestre para prevenir os ataques transfronteiriços do movimento libanês com foguetes, mísseis e drones.

    Um alto funcionário israelense também confirmou ao jornal que Israel prefere não realizar uma operação terrestre no Líbano.

    Anteriormente, o Hezbollah confirmou a morte do secretário-geral Hassan Nasrallah, em consequência de um ataque aéreo israelense no subúrbio sul de Beirute.

    Desde a semana passada, a Força Aérea israelense tem realizado ataques massivos contra alvos do Hezbollah em várias partes do Líbano. Vários ataques aéreos de precisão também foram registrados em Beirute, matando comandantes de alto escalão do Hezbollah. Até o momento, o exército israelense relatou ataques a vários milhares de alvos do Hezbollah. Observadores notam que Israel não atacava o Hezbollah com tamanha intensidade desde a Segunda Guerra do Líbano, em 2006.

    Mais de 90.000 pessoas já foram forçadas a deixar suas casas no sul do Líbano devido à escalada do conflito com Israel, segundo um relatório do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).

    O Hezbollah tem respondido com disparos de foguetes, principalmente no norte de Israel, mas o alcance dos ataques aumentou significativamente nos últimos dias. Assentamentos israelenses enfrentam dezenas de ataques diários, durante os quais edifícios residenciais são ocasionalmente atingidos, resultando em feridos. Em particular, um míssil foi lançado na região de Tel Aviv, mas foi interceptado pelos sistemas de defesa aérea.

    As tensões aumentam em meio a declarações do exército israelense sobre preparativos para uma operação terrestre no Líbano.

    Após a guerra israelo-libanesa de 2006, o Conselho de Segurança da ONU adotou a Resolução 1701, que previa o apoio à integridade territorial e soberania do Líbano, a retirada simultânea das tropas israelenses do sul do Líbano e o deslocamento de forças do governo libanês e da ONU na região. De acordo com essa resolução, a presença de qualquer formação paramilitar, exceto aquelas pertencentes ao exército libanês ou às forças da ONU, é proibida ao sul do Rio Litani. No entanto, ao longo desses 18 anos, o Hezbollah restaurou sua infraestrutura no sul do Líbano e vem bombardeando o norte de Israel diariamente há 11 meses. A situação na fronteira israelo-libanesa se agravou desde o início das ações militares israelenses na Faixa de Gaza, em outubro de 2023.

    Na quarta-feira, o chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), Herzi Halevi, declarou que os preparativos estavam em andamento para uma operação terrestre no sul do Líbano. (Com informações da Sputnik).

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