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Massacre sangrento em Beirute "muda as regras do jogo", diz Irã

Bombardeios israelenses em Beirute causam centenas de vítimas, em meio a uma escalada de tensão no Líbano e advertências de retaliação do Irã e Hezbollah

Uma vista mostra danos no local do ataque israelense em Saksakiyeh, sul do Líbano, 27 de setembro de 2024 (Foto: REUTERS/Aziz Taher)

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247 – A Embaixada do Irã no Líbano classificou os recentes bombardeios de Israel nos arredores de Beirute, realizados na última sexta-feira, como uma grave escalada que “muda as regras do jogo”. Em um comunicado publicado em sua conta na plataforma X, a representação iraniana advertiu que o regime ocupante enfrentará retaliação por conta do “massacre sangrento” resultante dos ataques. A notícia foi inicialmente divulgada pela agência local de notícias, que destacou a intensidade dos bombardeios e o número expressivo de vítimas.

Os ataques aéreos israelenses atingiram mais de 30 alvos, incluindo prédios residenciais nas áreas de Burj al-Barajneh, Kafaat, Choueifat, Hadath, al-Laylaki e Mreijeh. A ação resultou na destruição de blocos inteiros de edifícios no distrito de Dahiyeh, em Beirute, sob a alegação de que o Hezbollah estaria armazenando mísseis na região. Segundo a imprensa local, o número de vítimas ultrapassa 300, tornando este um dos episódios mais violentos da recente escalada de conflitos.

Em sua declaração, a Embaixada iraniana condenou o que chamou de "massacre sangrento" e refutou as justificativas israelenses. "Mais uma vez, o regime israelense está cometendo um massacre sangrento, atingindo bairros densamente povoados e apresentando justificativas falsas para tentar encobrir o seu crime brutal", afirmaram os representantes iranianos. Eles também alertaram que “não há dúvidas de que este crime repreensível e comportamento imprudente representam uma escalada séria que muda as regras do jogo, e que seu perpetrador será devidamente punido e disciplinado”.

O Hezbollah, por sua vez, também emitiu uma declaração enfática, negando as alegações israelenses de que estaria armazenando armas nos edifícios civis alvo dos bombardeios. “O movimento de resistência nega as falsas alegações da ocupação israelense sobre a presença de armas ou depósitos de armas nos prédios civis que foram alvo nos subúrbios ao sul de Beirute”, afirmou o escritório de mídia da organização.

Os ataques mais recentes fazem parte de uma escalada contínua das ações israelenses contra o Líbano, que, nos últimos dias, se tornaram ainda mais mortíferas. Desde segunda-feira, mais de 700 pessoas perderam a vida em todo o país. Na semana anterior, Israel já havia realizado um ataque em um edifício residencial em um subúrbio ao sul de Beirute, matando 38 pessoas, entre elas três crianças, sete mulheres e Ibrahim Aqil, um dos principais comandantes do Hezbollah.

Além dos bombardeios, Israel também detonou milhares de aparelhos de pager e rádios walkie-talkie armados com explosivos por todo o Líbano, resultando em pelo menos 39 mortes e deixando 3.000 feridos. Frente a esses acontecimentos, o Hezbollah prometeu intensificar suas ações retaliatórias enquanto Israel continuar sua ofensiva em Gaza, que já causou a morte de mais de 41 mil palestinos, em sua maioria mulheres e crianças.

O cenário no Líbano se agrava à medida que os conflitos com Israel se intensificam, e a comunidade internacional teme que a violência possa se expandir ainda mais pela região. Enquanto o Hezbollah e o Irã prometem respostas firmes, as populações civis de ambos os lados continuam a pagar o preço mais alto dessa escalada, com centenas de vítimas e um clima de tensão crescente no Oriente Médio.

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