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Tensões entre Pequim e Taiwan se intensificam após novo presidente tomar posse

Lai Ching-te apelou a Pequim para manter a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan. Governo chinês disse que qualquer tentativa de separatismo fracassará

Lai Ching-te (Foto: Reuters)

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247 - Taiwan preservará o status quo no Estreito, enquanto espera substituir a confrontação com a China continental por um diálogo, disse o novo chefe da administração de Taiwan, Lai Ching-te, nesta segunda-feira (20). 

“Nossos governo manterá os Quatro Compromissos, não cederá nem provocará, e manterá o status quo [no Estreito de Taiwan]”, disse Lai na cerimônia de posse, conforme citado pela agência Sputnik. 

As relações futuras entre Taiwan e China terão um impacto decisivo na situação global do mundo, acrescentou.

O político apelou a Pequim para manter a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan, bem como expressou a esperança de que a China olhasse objetivamente para a existência de Taiwan, respeitando a escolha do povo da ilha e cooperando com o governo legal e democraticamente eleito de Taiwan, com base nos princípios da reciprocidade.

Lai instou a China a substituir a confrontação pelo diálogo e a dissuasão pela interação, propondo restaurar o turismo bilateral e permitir que estudantes da China continental estudem em Taiwan, a fim de “buscar a paz e a prosperidade mútua.”

Enquanto isso, diante das várias ameaças vindas da China continental, Taiwan deve demonstrar determinação para se defender e fortalecer suas capacidades de defesa, disse o político.

Em janeiro, Taiwan realizou uma eleição geral na qual o candidato pró-independência Lai, do partido governante DPP, venceu com 40,05% dos votos para chefiar a administração da ilha. Enquanto isso, o próprio DPP perdeu 11 assentos no parlamento da ilha.

RESPOSTA DE PEQUIM - As atividades separatistas na ilha de Taiwan estão "fadadas ao fracasso", pois a China inevitavelmente se reunificará, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, nesta segunda-feira.

Na segunda-feira, o novo chefe da administração de Taiwan, Lai Ching-te, expressou a esperança em seu discurso de posse de que a China continental "reconheça a realidade da existência da República da China, respeite as escolhas do povo de Taiwan" e coopere com "o governo legal escolhido pelo povo de Taiwan." Ele acrescentou que Taiwan deve demonstrar determinação para "defender nossa nação" e aumentar a "consciência de defesa" diante das "ameaças e tentativas de infiltração da China."

"A tentativa de promover atividades separatistas pela independência de Taiwan sob qualquer bandeira está fadada ao fracasso", disse Wang em uma coletiva de imprensa.

O diplomata também afirmou que, no final, a China inevitavelmente se reunificará e nenhuma força poderia impedir isso. Ele acrescentou que Taiwan era uma parte integrante da China e que o governo chinês era o único governo legal que representava todo o país.

"Não importa como a situação política mude na ilha de Taiwan, não pode mudar o fato histórico e legal de que ambos os lados do Estreito de Taiwan pertencem a uma única China", disse Wang.

Taiwan tem sido governado de forma independente da China continental desde 1949. Pequim vê a ilha como sua província, enquanto Taiwan — um território com seu próprio governo eleito — mantém que é um país autônomo, mas não chega a declarar independência. Pequim se opõe a quaisquer contatos oficiais de estados estrangeiros com Taipei e considera a soberania chinesa sobre a ilha indiscutível.

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