Trump e Netanyahu se encontrarão na próxima semana para reforçar aliança entre imperialismo e sionismo
Chefe do governo sionista e genocida será receido na Casa Branca
247 - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, convidou o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu para um encontro na Casa Branca na próxima semana, confirmando o alinhamento incondicional de Washington com o governo genocida de Israel. O gabinete de Netanyahu anunciou que a reunião ocorrerá na terça-feira, 4 de fevereiro, marcando a primeira visita oficial de um líder estrangeiro ao governo Trump em seu segundo mandato, informa o jornal Times of Israel..
A administração estadunidense, no entanto, ainda não confirmou a data exata, mas reiterou que o encontro ocorrerá no início da próxima semana. Em carta enviada a Netanyahu, Trump destacou que o encontro servirá para discutir "a paz em Israel e com seus vizinhos", além de "esforços para combater nossos adversários compartilhados". Na prática, a reunião deve reforçar a cumplicidade de Washington com as agressões israelenses contra os palestinos e os ataques militares na região.
Entre os temas principais da agenda está o acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas, mediado pelos EUA, Egito e Catar. Apesar das pressões para que o plano de três fases seja concluído, Netanyahu enfrenta forte oposição da extrema-direita de sua coalizão, que exige a retomada da guerra após o fim da primeira fase de 42 dias.
Segundo a emissora israelense Canal 13, a Casa Branca pretende convencer Netanyahu a aceitar o cessar-fogo definitivo com uma série de incentivos. Entre as propostas, estaria o apoio à decisão de Israel de romper laços com a agência humanitária da ONU para os palestinos, a liberação de entregas de bombas pesadas, o cancelamento de sanções contra colonos israelenses violentos e até a proposta de transferir palestinos da Faixa de Gaza para outros países.
Washington também quer pressionar o Tribunal Penal Internacional (TPI) a arquivar um mandado de prisão contra Netanyahu por crimes de guerra cometidos em Gaza. No entanto, democratas no Senado barraram o avanço da legislação que previa sanções contra o TPI.
A emissora pública Kan revelou que Netanyahu também buscará o aval de Trump para continuar a guerra contra o Hamas e coordenar com Washington outras questões regionais, como a hostilidade contra o Irã, as tensões com o Líbano e a normalização com a Arábia Saudita. O governo Trump tenta avançar um acordo de normalização entre Israel e Riad, fortalecendo ainda mais sua influência na região.
O enviado de Trump para o Oriente Médio, Steven Witkoff, já iniciou encontros estratégicos, viajando da Arábia Saudita para Israel, onde se reuniu com Netanyahu e o ministro de Assuntos Estratégicos, Ron Dermer. Witkoff também expressou interesse em visitar Gaza para supervisionar a implementação do acordo de cessar-fogo e negociar uma segunda fase.
Enquanto isso, o site Axios informou que Witkoff se reuniu na Arábia Saudita com Hussein al-Sheikh, um dos principais conselheiros do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas. A reunião teria sido organizada pelo governo saudita, que tenta mediar a pressão de Washington sobre a Palestina.
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