Trump evita chamar Putin de "ditador" e diz que tenta fechar acordos de mineração com a Rússia

247 - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recusou-se a dizer nesta segunda-feira (24) se chamaria o presidente russo, Vladimir Putin, de "ditador", como fez na semana passada ao se referir ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. As informações são da agência Sputnik. 

"Eu não uso essas palavras [ditador] levianamente. Acho que vamos ver como tudo se desenrola. Vamos ver o que acontece. Acredito que temos a chance de um acordo muito bom entre vários países", disse Trump no início de sua reunião com o presidente francês, Emmanuel Macron, quando questionado se usaria as mesmas palavras em relação ao presidente Putin.

Trump também disse que está tentando fechar alguns acordos de desenvolvimento econômico com a Rússia, já que o país tem "muitas coisas que nós queremos", incluindo grandes depósitos de terras raras.

"Estamos tentando fazer alguns acordos de desenvolvimento econômico. Eles têm muitas coisas que nós queremos, e vamos ver. Quero dizer, não sei se isso vai se concretizar, mas adoraríamos poder fazer isso, se possível. Eles têm grandes depósitos de terras raras", afirmou Trump.

Em relação a um possível acordo sobre minerais de terras raras com a Ucrânia, Trump disse que Zelensky visitará Washington esta semana ou na próxima para assiná-lo. 

"Eu me reunirei com o presidente Zelensky. Na verdade, ele pode vir esta semana ou na próxima para assinar o acordo, o que seria ótimo. Eu adoraria encontrá-lo, nos reuniríamos no Salão Oval", afirmou.

Trump destacou que o acordo sobre minerais de terras raras está sendo finalizado. "Eles estão muito próximos de um acordo final. Será um acordo sobre terras raras e várias outras coisas", disse ele. "E ele gostaria de vir, pelo que entendi, para assiná-lo, e isso seria ótimo para mim". 

A estratégia do presidente dos EUA, com os possíveis acordos, é que o conflito na Ucrânia possa terminar nas próximas semanas.

"Acho que o trabalho pode terminar em breve, dentro de semanas, sim, se formos inteligentes. Se não formos inteligentes, vai continuar, e continuaremos perdendo jovens e belas pessoas que não deveriam morrer. E nós não queremos isso. E lembrem-se de quando eu disse que isso poderia escalar para uma terceira guerra mundial, e nós não queremos isso", afirmou.