Trump planeja visitar a China no início do segundo mandato, mas impasse sobre Taiwan e tarifas permanece

247 - O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, está considerando uma visita à China durante seus primeiros 100 dias no cargo, com o objetivo de estreitar relações com o líder chinês Xi Jinping, em um momento de crescente tensão geopolítica entre os dois países. A visita teria como foco a tentativa de suavizar as divergências sobre questões como Taiwan e a promessa de Trump de impor tarifas elevadas sobre as importações chinesas, destaca o canal RT, citando fontes ouvidas pelo Wall Street Journal.

Embora Trump tenha demonstrado interesse em realizar a viagem, ainda não foi tomada uma decisão final sobre o evento. O líder estadunidense e Xi Jinping mantiveram uma conversa telefônica na sexta-feira (17), discutindo uma série de temas sensíveis, incluindo o comércio, a situação de Taiwan e a polêmica envolvendo o aplicativo de mídia social Tiktok, de origem chinesa. Não está claro, no entanto, se o presidente eleito mencionou a possibilidade de visitar a China durante a ligação.

Além de considerar a China, fontes indicaram que Trump também tem interesse em realizar uma viagem à Índia, mas, neste momento, sua atenção está voltada para questões internas, como a crise na fronteira com o México e os incêndios florestais na Califórnia. Durante seu primeiro mandato, Trump visitou Pequim em 2017, mas a viagem aconteceu mais de nove meses após sua posse, em meio ao impasse comercial com a China.

Naquela época, o governo dos EUA impôs tarifas sobre bilhões de dólares em produtos chineses, acusando o país de manipulação cambial e implementando restrições severas a empresas como Huawei e ZTE, citando preocupações com a segurança nacional.

Durante a campanha eleitoral, Trump propôs uma tarifa de 60% sobre as importações chinesas, o que levou o vice-ministro do Comércio chinês, Wang Shouwen, a alertar que tais restrições poderiam resultar em aumentos de preços para os consumidores norte-americanos. Wang afirmou ainda que a China teria capacidade de suportar "choques externos", enquanto os Estados Unidos enfrentariam consequências mais diretas.