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    Trump tenta usar condenação a seu favor como peça de campanha

    Ex-presidente divulgou vídeo em prometeu libertar os Estados Unidos "do estado profundo" e da "mídia corrupta" após ser condenado por subornar uma atriz pornô

    Donald Trump (Foto: Reprodução X)

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    247 – O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump (Partido Republicano) foi declarado culpado nesta quinta-feira (30) por um júri composto por 12 pessoas. Trump, figura de destaque da extrema-direita americana, agora enfrenta a possibilidade de prisão, após ser condenado em um caso envolvendo 34 acusações relacionadas a pagamentos ilícitos no caso Stormy Daniels. Este é um marco histórico, sendo a primeira vez que um ex-presidente dos EUA é condenado em uma ação criminal.

    A condenação de Trump decorre da omissão de um pagamento de US$ 130 mil (aproximadamente R$ 674 mil) em 2016, destinado a comprar o silêncio da ex-atriz pornô Stormy Daniels, que alega ter tido um encontro sexual com Trump em 2006. A decisão sobre a pena será determinada pelo juiz Juan Merchan nos próximos dias. Este julgamento é apenas o primeiro de quatro processos criminais que o ex-presidente enfrenta, e Trump continua a negar todas as acusações. Os outros três processos podem não ser concluídos antes da eleição presidencial dos EUA, marcada para 5 de novembro.

    Mesmo diante deste cenário adverso, Trump tenta transformar a condenação em uma peça central de sua campanha política. Em um vídeo divulgado logo após o veredito, Trump se dirigiu a seus apoiadores com uma retórica combativa e desafiadora. "Esta é a batalha final. Com você ao meu lado, demoliremos o estado profundo. Expulsaremos os belicistas do nosso governo. Expulsaremos os globalistas", declarou o ex-presidente, adotando um tom de luta que tem sido característico de sua retórica política.

    Trump não parou por aí. Ele continuou sua mensagem inflamando ainda mais seus seguidores com promessas de uma purga contra diversos grupos que ele considera inimigos da nação. "Expulsaremos os comunistas, marxistas e fascistas. Iremos expulsar a classe política doente que odeia o nosso país. Iremos expulsar a mídia de notícias falsas e libertaremos a América desses vilões de uma vez por todas."

    A estratégia de Trump parece ser clara: utilizar sua condenação não como um empecilho, mas como um combustível para inflamar suas bases e retratar-se como uma vítima de um sistema corrupto que ele promete destruir. Ao posicionar-se como um guerreiro contra o "estado profundo" e outros inimigos percebidos, Trump busca consolidar seu apoio entre os eleitores que se sentem desconfiados ou traídos pelas instituições tradicionais.

    Este movimento ousado de transformar uma condenação criminal em uma bandeira de campanha é um reflexo da abordagem não convencional de Trump à política. Resta saber se essa estratégia será eficaz em galvanizar seus seguidores o suficiente para superar os obstáculos legais e políticos que se avolumam à sua frente.

    Enquanto isso, o país aguarda ansiosamente pela determinação da pena e pelo desenrolar dos outros processos judiciais que ainda estão por vir. Independentemente do resultado, a campanha presidencial de 2024 promete ser uma das mais tumultuadas e divisivas da história recente dos Estados Unidos, com Trump no centro das atenções, mais uma vez desafiando as normas e expectativas da política americana. Assista:

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