Trump volta a atacar políticas fundiárias antirracistas da África do Sul e reitera ameaças
África do Sul disse na semana passada que pode interromper as exportações de minerais para os EUA em resposta às ameaças de Trump
247 - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a atacar, neste domingo (9), a África do Sul por conta de suas políticas antirracistas, ecoando as postagens do chefe do departamento de eficiência, o bilionário nazista Elon Musk, que acusou lideranças políticas do país de promoverem um "genocídio" contra a população branca do país.
Trump mencionou em postagem na rede social Truth Social supostas "violações dos direitos humanos" e disse que Washington não irá tolerá-las e tomará "medidas". Ele reiterou a promessa de que irá cortar a "ajuda" financeira dos EUA à África do Sul.
"A África do Sul está confiscando terras e tratando certas classes de pessoas MUITO MAL. É uma situação grave que a mídia da Esquerda Radical nem sequer quer mencionar. Uma enorme VIOLAÇÃO dos Direitos Humanos está acontecendo, à vista de todos. Os Estados Unidos não tolerarão isso – nós tomaremos medidas. Além disso, por esse motivo, cortarei toda a ajuda à África do Sul até novo aviso!", disse Trump.
Em janeiro, o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, sancionou uma lei que permite a expropriação de terras sem compensação em determinadas circunstâncias. Trump escreveu na rede social anteriormente que a África do Sul estava "tratando certas classes de pessoas muito mal" e prometeu cortar todo o financiamento futuro ao país até que uma investigação sobre o assunto fosse concluída.
A medida do governo sul-africano busca corrigir algumas das injustiças da era racista do apartheid no país, período em que pessoas negras tiveram suas terras confiscadas e foram forçadas a viver em áreas designadas para não brancos.
Mais de 30 anos após o fim do regime de apartheid, em que a minoria branca governava, os brancos na África do Sul ainda têm, em geral, um padrão de vida muito mais alto do que os negros.
A África do Sul disse na semana passada que pode interromper as exportações de minerais para os EUA em resposta às ameaças de Trump.
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