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Ucrânia banirá Igreja Ortodoxa Russa, acusada de espionagem e apoio à guerra

Igreja Ortodoxa Russa alerta para violência em massa

Policiais ucranianos ficam ao lado da Catedral de São Jorge da Igreja Ortodoxa Ucraniana, em Lviv, Ucrânia, 5 de abril de 2023 (Foto: REUTERS/Roman Baluk/Foto de arquivo)

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247 - O parlamento ucraniano aprovou uma lei que visa banir a Igreja Ortodoxa Ucraniana (UOC, na sigla em inglês), tradicionalmente ligada ao Patriarcado de Moscou e acusada pelo governo de abrigar espiões russos e apoiar a guerra. A medida, vista pelo presidente Volodymyr Zelensky como um passo em direção à "independência espiritual" da Ucrânia, integra o esforço para remover símbolos russos do país, um processo que começou antes do início da guerra, em fevereiro de 2022.

O projeto de lei, aprovado por 265 legisladores, proíbe a instituição em território ucraniano e afirma que uma comissão governamental reunirá uma lista de organizações "afiliadas" cujas atividades não são permitidas.

Críticos denunciam a medida como um ataque sem precedentes à liberdade religiosa no país. Robert Amsterdam, advogado internacional que representa a UOC, classificou a nova legislação como "limpeza religiosa" e afirmou que a Ucrânia está promovendo uma perseguição religiosa em massa. "Continuaremos nossa luta para proteger nosso cliente e seus paroquianos dessas violações de seus direitos, buscando responsabilizar quem patrocinou essa lei abominável de limpeza religiosa em todas as instâncias legais internacionais disponíveis", declarou Amsterdam.

A Igreja Ortodoxa Russa, que não reconhece a independência da UOC, condenou duramente a decisão. O porta-voz Vladimir Legoyda alertou que "a implementação dessa decisão levará a atos de violência em massa contra milhões de fiéis", uma vez que a medida afetará diretamente os crentes que ainda seguem a UOC. 

Maria Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, afirmou que o objetivo da Ucrânia é "destruir a verdadeira ortodoxia e criar uma falsa igreja". Ela classificou a ação do governo ucraniano como uma tentativa de suprimir a fé tradicional dos ucranianos ligados à Igreja Ortodoxa Russa e forçar a criação de uma "quasi-igreja". (Com agências). 

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