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União Europeia aprova um novo pacote de sanções contra a Rússia na tentativa de estrangular Putin

Já é o 14o pacote de sanções, que até agora falharam em fazer Moscou recuar na guerra da Ucrânia

Bandeiras da Rússia e da UE (Foto: Reprodução)

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Sputnik - O Conselho da União Europeia informou nesta segunda-feira (24) que aprovou o 14º pacote de sanções contra a Rússia. "O Conselho adotou hoje um 14º pacote de medidas restritivas econômicas e individuais que representa um novo golpe ao regime de [presidente russo Vladimir] Putin e àqueles que perpetuam sua guerra de agressão ilegal, não provocada e injustificada contra a Ucrânia", afirmou o Conselho da UE em um comunicado.

O novo pacote amplia as restrições pessoais para incluir 116 indivíduos e organizações "responsáveis por ações que minam ou ameaçam a integridade territorial, soberania e independência da Ucrânia", lê-se no comunicado.

"A fim de garantir que as instalações da UE não sejam usadas para transbordo de gás natural liquefeito (GNL) russo para terceiros países, e assim reduzir as receitas significativas que a Rússia obtém da venda e transporte de GNL, a UE proibirá serviços de recarga de GNL russo no território da UE para operações de transbordo para países terceiros", diz o comunicado.

A UE também proibiu empresas de usarem o "Sistema de Transferência de Mensagens Financeiras" (SPFS), um serviço de mensagens financeiras especializado desenvolvido pelo Banco Central da Rússia "para neutralizar o efeito das medidas restritivas".

"Em vista das tentativas contínuas da Rússia de interferir nos processos democráticos na UE e minar suas bases democráticas, inclusive por meio de campanhas de influência e promoção de desinformação, o Conselho decidiu que partidos políticos e fundações, organizações não governamentais, incluindo think tanks, ou provedores de serviços de mídia na UE, não poderão mais aceitar financiamento proveniente do estado russo e seus procuradores", afirmou o comunicado.

A UE também impôs sanções contra a "frota fantasma" da Rússia, "embarcações específicas que contribuem para a guerra da Rússia contra a Ucrânia", visando 27 embarcações, bem como expandiu as restrições contra a importação de hélio da Rússia e a exportação de minério de manganês, plásticos, eletrônicos.

"O pacote de hoje imporá restrições à aceitação de pedidos de registro na UE de certos direitos de propriedade intelectual por nacionais e empresas russas, com o objetivo de compensar as ações do governo e dos tribunais russos que privam ilegitimamente os titulares de direitos de propriedade intelectual da UE de sua proteção na Rússia", lê-se no comunicado.

Além disso, o Conselho da UE será obrigado a tomar medidas para garantir que suas subsidiárias em países terceiros não violem as sanções europeias ou "participem de quaisquer atividades que resultem em um resultado que as sanções buscam prevenir".

"O Conselho adicionou 61 novas entidades à lista daquelas que apoiam diretamente o complexo militar e industrial da Rússia em sua guerra de agressão contra a Ucrânia. Elas estarão sujeitas a restrições de exportação mais rigorosas relativas a bens e tecnologias de uso duplo, bem como bens e tecnologias que possam contribuir para o aprimoramento tecnológico do setor de defesa e segurança da Rússia. Algumas dessas entidades estão localizadas em países terceiros (China, Cazaquistão, Quirguistão, Turquia e Emirados Árabes Unidos)", afirmou o comunicado.

A Rússia analisará o 14º pacote de sanções da União Europeia contra Moscou e tomará medidas de resposta, disse o vice-ministro das Relações Exteriores, Alexander Grushko, nesta segunda-feira.

"Todas essas medidas recém-anunciadas serão cuidadosamente analisadas. Medidas de resposta que considerarmos necessárias serão tomadas", disse Grushko aos repórteres, acrescentando que a UE está em um caminho de "escalada política, econômica e militar".

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