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      Zelensky amplia alistamento militar e mira jovens de 18 a 24 anos

      Presidente ucraniano anuncia nova etapa de recrutamento enquanto EUA pressionam por trégua com a Rússia

      Zelensky vai sozinho para o lixo da história (Foto: Brian Snyder/Reuters)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 – O presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, anunciou nesta segunda-feira (25) que o governo irá ampliar o recrutamento militar para incluir jovens de 18 a 24 anos. A medida, segundo ele, visa atender a uma demanda urgente por reforços em unidades específicas das Forças Armadas. A notícia foi divulgada originalmente pelo portal RT.

      “Visitei a linha de frente no sábado. Há uma demanda de brigadas específicas, e vamos responder positivamente a isso. Haverá mais brigadas empregando jovens especialistas”, declarou Zelensky durante uma coletiva de imprensa. Ele acrescentou que a iniciativa também abrangerá a Guarda Nacional e as unidades da guarda de fronteira: “Todas as forças de defesa eficazes devem ter a oportunidade de melhorar suas capacidades”.

      A Ucrânia já vinha enfrentando dificuldades para repor suas fileiras, especialmente diante da persistência da guerra com a Rússia. A idade mínima para o serviço militar obrigatório foi reduzida de 27 para 25 anos no ano passado. Agora, apesar de o alistamento compulsório continuar valendo apenas para homens com mais de 24 anos, o governo tenta atrair voluntários mais jovens com uma campanha que oferece benefícios financeiros e outras vantagens.

      Desde fevereiro, jovens que aceitarem servir por um ano nas Forças Armadas têm direito a uma recompensa de 1 milhão de hryvnia (cerca de US$ 24 mil), atendimento odontológico gratuito e, ao final do contrato, a permissão para deixar o país — um privilégio negado aos homens em idade militar convencional.

      A campanha de alistamento, porém, tem gerado controvérsias. O Ministério da Defesa ucraniano divulgou peças publicitárias que equiparam o pagamento prometido a 15.625 cheeseburgers ou 185 anos de assinatura da Netflix. Críticos acusam o governo de desrespeitar os potenciais recrutas e banalizar os sacrifícios exigidos pela guerra.

      A ofensiva de mobilização ocorre no momento em que os Estados Unidos intensificam esforços diplomáticos para estabelecer uma trégua entre Ucrânia e Rússia. Washington tenta negociar uma resolução para o conflito, explorando a dependência de Kiev em relação à ajuda militar e financeira ocidental.

      Nos últimos dias, autoridades norte-americanas realizaram encontros separados com representantes da Ucrânia e da Rússia na Arábia Saudita. Um dos temas discutidos foi a possível retomada da Iniciativa do Mar Negro, que visa garantir o escoamento de grãos e outros produtos por via marítima.

      Como parte desse processo de mediação, os EUA convenceram ambos os lados a adotarem uma moratória de ataques contra infraestruturas energéticas. No entanto, após recentes bombardeios, Moscou acusou Kiev de descumprir o acordo e ameaçou se retirar do cessar-fogo parcial de 30 dias.

      Com um Exército envelhecido e enfrentando dificuldades logísticas, a Ucrânia aposta agora na juventude para manter sua capacidade de combate. Mas a resposta popular à nova campanha ainda é incerta, especialmente diante das críticas e do clima de desgaste social após dois anos de guerra.

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