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    Zelensky aposta em apoio renovado dos EUA após vitória de Trump, enquanto UE avalia estratégia independente para a guerra

    Republicano defende o fim do conflito, gerando apreensão naqueles que defendem a guerra interminável

    Volodymyr Zelensky e Donald Trump (Foto: Reuters/Shannon Stapleton)

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    247 - O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, parabenizou nesta quarta-feira (6) o republicano Donald Trump por vencer a eleição presidencial nos Estados Unidos. As informações são da RIA Novosti.

    "Parabéns a [Donald Trump] por sua impressionante vitória eleitoral", disse Zelensky na plataforma social X. Ele descreveu a abordagem de Trump nos assuntos globais como "paz através da força".

    Zelensky também afirmou que a Ucrânia aguardava com expectativa "uma era de um forte Estados Unidos da América sob a liderança decisiva do presidente Trump", e confiava no "continuado forte apoio bipartidário para a Ucrânia nos Estados Unidos".

    "Estou ansioso para parabenizar pessoalmente o presidente Trump e discutir maneiras de fortalecer a parceria estratégica da Ucrânia com os Estados Unidos", acrescentou.

    No entanto, começam a surgir dúvidas em Bruxelas, sede da União Europeia, sobre a determinação de Trump em apoiar o regime de Kiev.

    O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, afirmou que a vitória de Trump na eleição presidencial dos EUA levanta a questão de saber se a Europa pode continuar a apoiar a Ucrânia sozinha e força a União Europeia a mudar sua estratégia.

    "Os republicanos venceram nos Estados Unidos esta noite, o que coloca na agenda a questão para nós, líderes europeus, se a Europa sozinha é capaz de manter o apoio financeiro e militar à Ucrânia, que tem sido dado até agora. Duvido muito disso, portanto, será necessária uma nova estratégia europeia", disse Orbán, falando na cúpula da Organização dos Estados Túrquicos em Bishkek, Quirguistão.

    Orbán, conhecido por sua postura crítica em relação ao apoio militar à Ucrânia, sugeriu que a eleição de Trump poderia levar a uma mudança na política dos EUA em relação ao conflito, o que exigiria que a Europa reconsiderasse seu papel e compromisso no apoio a Kiev.

    Nesse sentido, o primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, afirmou que Donald Trump, como próximo presidente dos Estados Unidos, pode interromper ou reduzir significativamente a ajuda do país à Ucrânia.

    "Presumo que o presidente Trump queira apresentar certos resultados, já que anunciou estar pronto para ser muito ativo nesse tema. Sua atividade pode se manifestar de várias formas, por exemplo, interrompendo ou reduzindo significativamente a ajuda, se estivermos falando da Ucrânia", disse Fico em uma coletiva de imprensa.

    Por outro lado, a União Europeia disse que continuará a cumprir seus compromissos e a apoiar o regime de Kiev, independentemente de possíveis mudanças na política de Washington relacionadas à vitória de Donald Trump na eleição presidencial, afirmou o porta-voz de política externa da UE, Peter Stano, nesta quarta-feira.

    "Não vamos nos precipitar. Donald Trump assumirá o poder apenas no próximo ano, e no que diz respeito às posições europeias, elas permanecem inalteradas, capturadas nas conclusões sucessivas do Conselho Europeu. A União Europeia e seus estados membros continuam comprometidos em apoiar a Ucrânia e continuarão a apoiar a Ucrânia", disse Stano em um briefing quando questionado se a UE estava preparada para continuar apoiando a Ucrânia sem os EUA após a vitória de Trump na eleição, que poderia trazer mudanças na política dos EUA.

    O chefe de política externa da UE, Josep Borrell, nesta quarta-feira, foi além, declarando que continuará a construir uma Europa forte e soberana após a vitória de Donald Trump na eleição presidencial dos EUA. Ele indicou que a Europa pode seguir um caminho independente na Ucrânia.

    "Parabenizo Donald Trump por sua eleição. Esta eleição terá consequências para todas as regiões do mundo, incluindo a Ucrânia e o Oriente Médio, onde a segurança global está em risco. Através de sua política externa e de segurança comum, a UE não poupará esforços para manter relações vibrantes com os EUA. Ao mesmo tempo, a UE continuará seus esforços para promover suas responsabilidades estratégicas, desde segurança e defesa até o clima, para construir uma Europa forte e soberana", escreveu Borrell no X.

    Durante sua campanha eleitoral, Trump prometeu que seria capaz de alcançar um acordo para o conflito na Ucrânia por meio de negociações. Ele afirmou que poderia resolver o conflito na Ucrânia em um dia. Trump também criticou repetidamente o envio de dezenas de bilhões de dólares para a Ucrânia.

    A eleição presidencial ocorreu nos Estados Unidos na terça-feira. A vice-presidente Kamala Harris representou o Partido Democrata, enquanto Trump concorreu pelo Partido Republicano.

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